“O Padre não se tornará homem de Deus se não for homem de oração”, afirma Cardeal Hummes

d-claudio-hummesItaici (Quinta, 04-02-2010, Gaudium Press) O arcebispo emérito de São Paulo e prefeito da Congregação para o Clero, Dom Cláudio Hummes enviou ontem (3) uma mensagem especial aos mais de 500 padres reunidos em Itaici, em Indaiatuba (SP), onde se realiza o 13º Encontro Nacional de Presbíteros (ENP).

Na carta, dirigida particularmente aos participantes do ENP, Cardeal Hummes aborda o tema do Ano Sacerdotal vivido pela Igreja, “Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote!”, e recorda o desejo do Papa Bento XVI de que este ano especial seja “um tempo de profunda renovação interior dos sacerdotes”.

Segundo o cardeal, ser pastor segundo o coração de Deus é o “grande desafio” para os sacerdotes de todos os tempos, constituindo, dessa maneira, o “maior tesouro que o nosso Pai poderia oferecer aos fiéis de nossas comunidades”.

O prelado ressalta ainda que o sacerdote só será “Bom Pastor” na medida em que, através do exercício diário do seu ministério, se dedique “integralmente a Cristo e, por Ele, com Ele e Nele, aos irmãos, em total fidelidade”.

Para o cardeal, o povo brasileiro deseja “vivamente” que seus sacerdotes sejam “homens de Deus” e “homens de oração”. Dessa forma, na vida dos sacerdotes a oração e a intimidade com Deus são “essenciais e insubstituíveis”.

“A oração na vida do presbítero ou ocupa um lugar central ou será um belo ideal, distante de ser concretizado”, assinalou o cardeal. Se o trabalho pastoral não for precedido de oração, perderá seu valor e eficácia.

Cardeal Hummes recordou, ainda, o “Encontro Internacional de Sacerdotes” com o Papa Bento XVI, em Roma, que será realizado nos dias 9, 10 e 11 junho desse ano. Sobre o evento, convidou todos os padres a participar desse “marcante gesto de comunhão eclesial”.

Ao final da mensagem, o Cardeal Cláudio Hummes exortou todos os sacerdotes a viver o Ano Sacerdotal: “Grande é o dom da vossa vocação e urgente um novo ardor missionário a fazer-se presente no coração sacerdotal de cada um de vós”.

Papa destaca necessidade de uma preparação adequada para os sacerdotes

Cidade do Vaticano (Quarta, 03-02-2010, Gaudium Press) Dando continuidade ao mote do Ano Sacerdotal e ao temapapa central das mensagens pelo Dia Mundial da Vida Consagrada, o Papa Bento XVI voltou a falar, hoje, da necessidade de uma sólida e adequada formação para os sacerdotes de todo o mundo. “O desenvolvimento da cultura exige, daqueles que exercem o ministério da Palavra, em vários níveis, que sejam preparados”, afirmou a sacerdotes e seminaristas, e também a fiéis, na audiência geral desta quarta-feira.

O tema de sua nova catequese sobre importantes teólogos da história da Igreja foi São Domingos, fundador da Ordem dos Pregadores (mais conhecidos como Frades Dominicanos), e promotor da dimensão espiritual e acadêmica da teologia. No tradicional encontro com os fiéis, que aconteceu na manhã desta quarta-feira na Sala Paulo VI, estiveram presentes cerca de cinco mil pessoas.

“Domingos nasceu na Espanha, em Caleruega, por volta de 1170. Pertencia a uma família nobre da Velha Castela e, apoiado por um tio sacerdote, formou-se em uma célebre escola de Palência. Distinguiu-se logo pelo seu interesse no estudo da Sagrada Escritura e pelo amor pelos pobres, a ponto de vender os livros, que naquele tempo eram um bem de grande valor, para socorrer, com o lucro, as vítimas da fome”.

Conforme explicou o Papa, o Santo dedicou-se a dois enormes desafios para a Igreja de seu tempo: missão “ad gentes” e reevangelização das comunidades cristãs, especialmente por causa da “laceração religiosa da vida cristã no sul da França e da ação de alguns grupos heréticos”. Sua atividade pastoral acontecia nas cidades, principalmente nas universidades, onde “as novas tendências intelectuais eram um desafio para a fé dos cultos”.

São Domingos, além disso, é um exemplo para a Igreja Católica também no mundo moderno, disse Bento XVI, “com o fogo missionário que ardia em seu coração e que o impelia a anunciar e testemunhar o Evangelho”. Domingos de Gusmão recomendava, “para o bom sucesso da missão evangelizadora”, a vida comunitária em pobreza e o estudo como preparação ao apostolado. Por isso o santo sublinhava a importância de uma sólida formação teológica no campo acadêmico e cultural. Missão essa que até hoje é realizada pelos dominicanos.

O Santo Padre exortou particularmente os “sacerdotes, os consagrados e também todos os fiéis a encontrar uma profunda “alegria interior” em contemplar a beleza das verdades que vêm de Deus”.

São Domingos, junto aos dominicanos, é também promotor do rosário. “São Domingos contava com a terna devoção à Virgem Mãe, que depois tomaria a forma da recitação do terço, e com a fecunda retaguarda espiritual das monjas contemplativas”, disse o Papa na síntese em língua portuguesa.

Desafios para a Nova Evangelização e lições da História

CruzMons. João Clá Dias, EP

Quem esteja medianamente informado sobre a situação à qual a Igreja Católica tem de fazer face atualmente, em matéria de evangelização, não pode deixar de se perguntar que caminho seguir.

Com efeito, levemos em consideração alguns poucos dados, já de si eloquentes e decisivos.

A sociedade de hoje está atingida por uma profunda crise moral. Por um lado, a família cristã, monogâmica e indissolúvel, parece fadada ao desaparecimento, ou pelo menos a ficar reduzida a uma proporção tão pequena que corresponderia, na prática, à extinção. Mesmo entre católicos praticantes, o aborto, o divórcio, as uniões ilícitas vão fazendo estragos. Os meios de comunicação social utilizam-se largamente da pornografia, e nem mesmo a mais tenra infância é respeitada. Cresce, assustadoramente, o número de crianças que se iniciam muito cedo em práticas imorais.

De outro lado, espalham-se por toda parte o ateísmo e o paganismo, com uma característica que não tinha grande importância até há pouco: especialmente nos continentes europeu e norte-americano, proliferam ateus e pagãos que se apresentam como tais, sem esconder sua hostilidade não só contra a Igreja Católica, mas contra tudo quanto tenha nome de cristão. Há países da antiga Cristandade européia — como a França, a Inglaterra e a Alemanha — nos quais a proporção de pessoas nessas condições já é superior 30%.

No lado especificamente eclesial, as vocações religiosas são tão poucas que em várias das antigas Ordens religiosas é bem reduzido o número de membros jovens. Analistas bem colocados em postos importantes manifestam o temor de que algumas delas se vejam obrigadas a fechar seus seminários nas Américas e na Europa, por falta de vocações.

No Brasil, o número de fiéis católicos está pouco acima de 70% da população, sendo que em algumas áreas periféricas de São Paulo e do Rio de Janeiro seu número já é inferior ao dos não-católicos. E, pior ainda, os católicos são em grande parte não-praticantes, e muitos nem conhecem bem sua religião.

Vista de uma perspectiva meramente humana, a atual situação pode parecer desanimadora para quem tem a missão de evangelizar.

Não obstante, nem tudo está perdido. Ante essa situação, a Igreja poderia dizer com Cícero: “Alios vidi ventos, alias prospexi animo procellas” (Eu vi outros ventos e enfrentei sem temor outras tempestades). E essa afirmação pode ser corroborada pelos exemplos históricos.

Quando os primeiros cristãos começaram a levar a Boa Nova a todos os rincões do Império Romano, encontraram uma situação hostil, num ambiente eivado de erros de todos os matizes, e imerso numa ciclópica corrupção moral. Entretanto, a Igreja triunfou sobre o paganismo, elevou a humanidade e construiu uma ordem cristã baseada no Evangelho. Outras épocas da História houve, nas quais ela passou por situações adversas e delas também triunfou.

Qual o segredo desse triunfo? E que lições nos trazem os acontecimentos anteriores à nossa época?

Não é possível investigarmos as oportunidades que se abrem para a Igreja no século XXI sem nos colocarmos tais questões. Afinal, como diz o consagrado aforismo, “a História é a mestra da vida”.

Devemos crer “firmemente que Deus é o Senhor do mundo e da História”[1]. Conhecendo Seu modo de agir ao longo dos tempos, teremos critérios mais apropriados para julgar o presente e o dia de amanhã.

 CLÁ DIAS, João. Oportunidades para a Igreja no século XXI. Elaboração do projeto de pesquisa: elementos constitutivos – 1ª. Parte. Centro Universitário Ítalo Brasileiro. São Paulo, 2007. p. 7-9.


[1] Catecismo da Igreja Católica, n. 314.

¿QUÉ ES LA AMISTAD?

Pe. Aumir Scomparin, EP

joao-boscoLos griegos usaron una variedad de maneras de referirse al amor y a la amistad, que no se reducen apenas a la oposición entre eros y agapè.

También existe una variedad de vocablos latinos para referirse a estos conceptos. En particular, Santo Tomás analiza y contrapone el sentido de cuatro términos: amor, dilección, caridad y amistad.

a) Amor: significa querer el bien para alguien, para sí o para otro[1].

b) Dilección: viene del latín (ex electione), e implica un juicio discriminatorio y preferencial electivo[2].

c) Caridad: proviene del vocablo latino “carus”, que designa lo que es caro, noble o valioso. Tiene como objeto las realidades que estimamos mucho, y por las cuales estamos dispuestos a pagar un precio elevado[3].

Para Garrigou-Lagrange “la caridad es la verdadera amistad sobrenatural que nos une a Dios”[4].

Esto ocurre, como dice Jaume Balmes, porque: “el amor ha de tener algún objeto: éste es el ser; no se ama a la nada: cuando pues hay el ser por esencia, el ser infinito, hay el objeto más digno de amor”[5].

d) Amistad: en la Biblia, “la amistad es considerada como la forma perfecta del amor gratuito, caracterizada por la participación y por la solidaridad incondicional”[6].

En Eclo 6,14-17 se describe al amigo fiel diciendo:

El amigo fiel es una defensa poderosa; quien le haya, ha hallado un tesoro. Nada hay comparable con el amigo fiel; ni hay peso de oro ni plata que sea digno de ponerse en balanza con la sinceridad de su fe. Bálsamo de vida y de inmortalidad es un fiel amigo; y aquellos que temen al Señor le encontrarán. Quien teme a Dios logrará igualmente tener buenos amigos; porque éstos serán semejantes a Él[7].

El amigo verdadero, es fiel en todas las circunstancias, no apenas en los buenos momentos sino también en las adversidades. Por eso es un tesoro de incalculable valor. Cierta vez, preguntado Alejandro Magno sobre dónde tenía sus tesoros, respondió que en los amigos.

Séneca exclama: “¿Qué cosa más grata que tener un amigo con el cual puedas tener confianza para todo, a quien creas como te creerías a ti, con quien hables como hablarías contigo?”[8] Entre los amigos debe existir confianza y amor recíproco, este se demostrará especialmente en las dificultades pues el verdadero amigo permanece más unido que nunca al que cayó en la desventura, lo alienta con su ayuda desinteresada, dándole consuelo y siendo, en muchos casos, su único sostén. Encontrar tales amigos es un don muy apreciable que Dios concede a los que le temen. Los justos, siendo fieles a Dios en todas las circunstancias, lo son también a su amigo y sólo ellos permanecen fieles en medio de su desventura. Esta fidelidad en las horas amargas maravillará al otro amigo que, a su vez, la imitará con esmero, con lo que existirá entre ellos la más noble y sincera de las amistades[9].

Aristóteles en la Gran Moral afirma que la verdadera amistad sólo se da entre los virtuosos: “los corazones que están unidos por la virtud son más amigos que todos los demás, porque tienen a la vez todos los bienes: lo bueno lo agradable y lo útil”[10].

Esta es una amistad sólidamente establecida, duradera y bella, pues une a los hombres virtuosos: “la virtud, que engendra esta amistad, es inquebrantable, y, por consiguiente, esta noble amistad, que aquella produce, debe ser inquebrantable como ella”[11].

En el mismo libro Aristóteles muestra como la amistad sincera no es aduladora ni hostil, ni detractora, sino equilibrada:

La amistad sincera es el medio entre la adulación y la hostilidad, y se muestra en los actos y en las palabras. El adulador es el que concede a los demás más de lo que conviene y más de lo que tienen. El enemigo es el que niega las dotes evidentes que posee la persona que aborrece. Excusado es decir que ninguno de estos dos caracteres merece alabanza. El amigo sincero ocupa el verdadero medio; no añade nada a las buenas cualidades que distinguen a aquel de quien se habla, ni le alaba por las que no tiene, pero tampoco las rebaja, ni se complace jamás en contradecir su propia opinión. Tal es el amigo[12].

Si la amistad verdadera, que se forma por la virtud, es estable en el amigo fiel, ¿se puede llamar amistad la de un amigo inestable? ¿Qué es lo que lleva a una amistad a ser inestable?

Es porque muchos hombres son amigos por utilidad o por placer, por tanto, la amistad tiene su origen fuera de la virtud y en estos términos no es amistad.

La amistad por utilidad se constituye porque los que forman dicha amistad tienen los mismos intereses, por tanto, a esta amistad pueden allegarse también los hombres malos sin dejar de serlo. Esta amistad, que se funda en lo útil o lo placentero, nunca es estable y al desaparecer la causa que la formó, ella desaparece: “la amistad del vulgo sólo procede del interés; y, en fin, la del placer es la amistad de los hombres groseros y despreciables”[13].

No nos debemos indignar al encontramos malos amigos, pues esto no siempre va contra la razón. Si el principio motriz de la amistad fue el placer o la utilidad, desapareciendo estos motivos, desaparece la amistad. Algunas veces la amistad continúa, aunque queda patente que el amigo procedió mal. Siendo así, no debemos indignarnos con él, pues si la amistad no se formó por la virtud, es natural que el amigo no proceda según ella:

La indignación que se siente [con un mal amigo] no está justificada, pues no habiendo contraído en el fondo más que una amistad de placer, no hay motivo para imaginar que debería haber una amistad de virtud. Esto es imposible, porque a la amistad de placer o de interés importa muy poco la virtud. Uno, está ligado a otro por el placer, quiere encontrar la virtud y se engaña. La virtud no sigue al placer ni al interés, mientras que ambos siguen a la virtud. Se incurre en un grave error cuando se cree que los hombres de bien son muy agradables los unos a los otros. Los malos, como dice Eurípides, gustan los unos de los otros[14].

Ahora, nos podemos preguntar: ¿Puede haber una relación de amistad entre amigos cuyos motivos sean diferentes? ¿Sería estable esta amistad?

A la primera pregunta respondemos que sí, y lo ejemplificaremos con un caso histórico, o mejor, uno que marcó la Historia de la Humanidad: “aquel a quien yo besare, ese es, aseguradle. Arrimándose, pues, luego a Jesús, dijo: Dios te guarde, Maestro. Y le besó. Díjole Jesús: ¡Oh amigo!. ¿A qué has venido aquí?”[15].

Analicemos este trecho: nuestro Señor Jesucristo llama de amigo a Judas. ¿Qué tipo de amistad existía entre ambos? De parte de Jesús no podría haber otra sino de virtud. Pero la amistad de Judas era utilitaria (quería ser el Tesorero del Reino) y desapareciendo la utilidad, por la cual Judas formó su amistad con Jesús, queda destruida la amistad, abriendo las puertas a la traición.

Vemos aquí, que la amistad, por parte de Jesús, es estable incluso durante la traición. En cambio, la amistad de Judas es inestable por ser utilitaria e interesada, justificando, con toda facilidad, la traición.

Alguien podría preguntarse: ¿No existe un placer también en la amistad virtuosa y sincera? ¿Estará ésta en desventaja respecto a la amistad de placer? Ciertamente no, sería un absurdo, dice Aristóteles: “si quitáis a los hombres de bien esta ventaja de complacerse y de ser agradables los unos a los otros, se verán forzados a buscar otros amigos que lo sean más, para unirse y vivir con ellos, porque en la intimidad de la vida común nada hay más esencial que el complacerse mutuamente”[16]. Y concluye que: “los hombres de bien, más que nadie, son agradables los unos a los otros”[17].

Otro aspecto a ser considerado, es cuando hay desigualdad en el afecto entre ambos amigos, por ser diferente el objeto de la amistad. En el caso de amistad virtuosa, si el amigo que hace más bien percibe que el otro no corresponde a la misma altura, redoblará la afección hacia ese amigo para atraerlo. Pero cuando surge ese problema en amigos que tienen diferentes objetivos siendo que ninguno de ellos posee una amistad virtuosa, no será posible apreciar claramente quien de los dos es el que tiene razón. Aristóteles nos dice así:

Por ejemplo, si uno se ha unido por placer y otro por interés, puede haber gran dificultad en discernir quién es el culpable. Aquel de los dos que da la preferencia a lo útil no cree que el placer que se le proporciona, sea equivalente a la utilidad que se prometía; y por su parte el otro, que da la preferencia al placer, no cree recibir una compensación suficiente del placer, que es lo que él busca, en los servicios que se le prestan. Y he aquí por qué en las amistades de este género se producen tales desavenencias[18].

Cabe ahora analizar el papel que juega la semejanza y la diferencia en la amistad, tanto en la virtuosa como en las otras.

En la amistad virtuosa, los amigos se atraen por su semejanza, en cambio, en la utilitaria o en la de placer la atracción es por la diferencia. Por ejemplo, el pobre ama utilitariamente al rico que puede ayudarlo.

Importa destacar también que la amistad no es un hecho aislado, es necesario que ese acto se haga habitual. Por eso, Santo Tomás dice en la Suma Teológica[19] que la amistad designa un hábito y no un acto. Además, hace la distinción entre el amor y la caridad:la caridad no significa sólo amor de Dios, sino también cierta amistad hacia Él; la cual añade al amor la reciprocidad en el mismo (mutuam redamationem) junto con cierta mutua comunicación”*.

Elredo se hace eco de la definición de Cicerón sobre la amistad: “la amistad es el consenso en las cosas humanas y divinas, basado en la benevolencia y la caridad”[20]. Esta definición nace de una visión antropológica abierta a lo trascendente, entendiendo al hombre como un espíritu encarnado, en el cual, tanto el cuerpo como el alma se encuentran integradas armónicamente.

Para Elredo, la amistad auténtica debe tener cuatro notas características: dilectio, affectio, securitas e iucunditas. Lo expresa así:

Hay cuatro elementos que me parecen especialmente propios de la amistad: la dilección, el afecto, la confianza y la elegancia. La dilección se expresa con los favores dictados por la benevolencia; el afecto, con aquel deleite que nace en lo más íntimo de nosotros mismos; la confianza, con la manifestación, sin temor ni sospecha, de todos los secretos y pensamientos; la elegancia, con la compartición delicada y amable de todos los acontecimientos de la vida —los dichosos y los tristes—, de todos nuestros propósitos —los nocivos y los útiles—, y de todo el que podemos enseñar o aprender[21].
 

SCOMPARIN, Aumir. LA AMISTAD. Universidad Pontificia Bolivariana – Escuela de Teología, Filosofía y Humanidades. Licenciatura Canónica en Filosofía. Medellín, 2009. p. 33-40


[1] AQUINO, Tomás de. Suma teológica. 4a. ed. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos,  2001. páginas 246-247.  1ª 2ª q.26, a.4.

[2]  LAGO ALBA, Luis. Tratado de la caridad: introducción a las cuestiones 23 a 46. En: AQUINO, Tomás de. Suma teológica. Tomo III, parte 2ª 2ª (a).  4a. ed. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos,  2001. p. 208.

[3] Ibid., p. 208.

[4] GARRIGOU-LAGRANGE, Reginald. O homem e a eternidade. Lisboa: Áster, 1959.  p. 37. (Traducción propia).

[5] BALMES, Jaume. Curso de filosofía elemental.  París: Bouret y Morel, 1849.  p. 404.  cap. X. Ítem 58.

[6] MONDIN, Battista. Dizionario enciclopedico del pensiero di San Tommaso d’Aquino.  2a. ed.  Bolonia: Studio Domenicano, 2000.  p. 33. (Traducción Propia)

[7] PETISCO, José Miguel y TORRES AMAT, Félix.  Sagrada Bíblia. 6a. ed. Madrid: Apostolado de la Prensa, 1956.  p.  821.

[8] GARCÍA CORDERO, Maximiliano. Biblia comentada: textos de la Nácar-Colunga. Libros Sapienciales. Vol. IV. [En línea]. <Disponible en: <http://www.holytrinitymission.org/ books/spanish/biblia_comentada_a_colunga_4.htm> [Consulta: 21 Abr., 2009].

[9] Ibid.

[10] La gran moral.  4a. ed. Buenos Aires: Espasa-Calpe, 1948. L. II, cap. 13. p. 91.

[11] Ibid., p. 92.

[12] Ibid., p. 42.  L. I, cap. 29.

[13] Ibid., p. 92.  L. II, cap. 13.

[14] Ibid., p. 92.

[15] PETISCO y TORRES AMAT, Op. Cit.  (Mt. 26, 48-50)

[16] ARISTÓTELES, La gran moral, p. 93. L. II, cap. 13.

[17] Ibid.

[18] Ibid., p. 94. L. II, cap. 13.

[19] AQUINO, Tomás de, Op. Cit. 1ª 2ª q.26 a.3.

* Comentarios de la edición de la Suma Teológica de la BAC. 1ª 2ª q.65 a.5

[20] RIEVAL, Elredo de. De spiritali amicitia. I.11, citando a Cicerón, De amicitia 20. [En línea].  <Disponible en: http://es.wikipedia.org/wiki/Elredo_de_Rieval> [Consulta: 18 Mar., 2009].

[21] Ibid.