Alfaro concebe o mundo como o lugar donde se desenvolve a vida da pessoa; donde a pessoa faz uma experiência de si mesma e do que o circunda. Em tal experiência o homem experimenta que, ao mesmo tempo, faz parte do mundo e é diferente do mundo. Heidegger define a existência do homem como “ser no mundo”.[1] Isto é um processo de “humanização” na qual a pessoa se torna mais pessoa porque descobre que, na mistura que faz parte do mundo, é também diferente do mundo, e isto o estimula a dar um sentido à sua presença no mundo.
Quando a pessoa começa a “dominar” o mundo, torna-se mais livre e profunda a própria opção fundamental de sentido; Tal processo é necessário exprimir através da arte, da cultura, e da música. Este domínio sobre as coisas é o fruto da historicidade da pessoa que vive em liberdade no mundo.[2]
O que é a liberdade? Certamente um dom mas também um desafio. Um desafio porque se trata de decisões que a pessoa deve tomar a respeito do sentido último da própria vida. É uma liberdade em relação a algo mas também em relação a alguém. O homem descobre que a sua liberdade é um dom, mas descobre também que não pode haver uma liberdade puramente individual porque há também a liberdade do outro. Cabe transformar-se num ser superior transcendente que Alfaro define como “realidade última”.[3]