Pe. Leopoldo Werner, EP
A formação de uma comunidade está evidentemente de acordo com a natureza humana, pois o homem é um ser eminentemente social. A ele agrada viver em sociedade, a fim de mutuamente todos se ajudarem para atingir um fim comum. Na vida de sociedade ele tem os meios necessários e úteis à conservação da sua vida, sem os quais não poderia viver plenamente. Sem esse apoio indispensável, ele estaria constantemente preocupado em repelir fatores hostis que o impediriam de conservar sua existência, vivendo, pois, uma existência de aflições e perigos.
“O homem nasceu para viver em sociedade, portanto, não podendo no isolamento nem se proporcionar o que é necessário e útil à vida nem adquirir a perfeição do espírito e do coração, a Providência o fez para se unir aos seus semelhantes, numa sociedade tanto doméstica quanto civil, única capaz de fornecer o que é preciso à perfeição da existência”. (LEÃO XIII, Immortale Dei, n. 4)
A sociedade tem uma finalidade mais universal do que a própria família, pois ela deve proporcionar o bem-estar a toda a comunidade que dela participa. O bem comum é a meta da sociedade civil; desta maneira, os deveres e as obrigações de todos e de cada um são diferentes. Cada um deve se responsabilizar por aquilo que lhe compete e zelar pela manutenção do bem comum, que é o bem de todos.
Os cidadãos que constituem uma sociedade civil fazem parte de uma comunidade, a qual engloba todos os seus membros. Sejam eles ricos ou pobres, o destino da mesma sociedade interessa a todos, como a parte tem relação necessária com o todo. Devem-se, pois, ser observadas as leis da justiça de modo equitativo. Eles são a célula viva da nação de que fazem parte.