Sérgio Ueda
O patriarca é o arquétipo da família. É a ele que se mantêm unidos todos os que dele descendem. É graças a ele que se sentem unidos entre si, e aos que constituem o “protoplasma” da grande família. E isto, não pela força, mas pelo vínculo de uma venerabilidade que toca no temor reverencial, devido à sua exemplaridade. É o velho varão, que mais tarde vai desembocar no barão, posto como denominador comum entre todos da sua estirpe, afirmando, confirmando e conformando aqueles valores que estão na pluralidade das diversas personalidades.
No patriarca, todos contempla o unum daquela riquíssima variedade na qual está contida, como na semente da Cequóia, a imensa fronde de uma futura nação. É ele que, pela força centrípeta da sua personalidade possante impede que a força centrífuga das múltiplas personalidades, ainda em formação, disperse aquele conjunto nascente. O patriarca é o arquétipo que personifica essa obra-prima da unidade na variedade e da variedade na unidade, sem a qual a sociedade humana se precipita na anarquia ou na tirania.