San Jerónimo, modelo de exégeta

Hoy es fiesta de San Jerónimo, Padre de la Iglesia, apasionado de las Sagradas Escrituras y gran defensor de la fe . Para Benedicto XV fue “doctor eminente en la interpretación de las sagradas Escrituras”.

En los días que corren no es demasiado traer un comentario sobre la exégesis de San Jerónimo. Y es que circulan muchas teorías sobre el modo de interpretar la Biblia. Las palabras son de nuestro Papa Benedicto XVI, en la audiencia general del 14 de noviembre de 2007:

Para san Jerónimo, un criterio metodológico fundamental en la interpretación de las Escrituras era la sintonía con el magisterio de la Iglesia. Nunca podemos leer nosotros solos la Escritura. Encontramos demasiadas puertas cerradas y caemos fácilmente en el error. La Biblia fue escrita por el pueblo de Dios y para el pueblo de Dios, bajo la inspiración del Espíritu Santo. Sólo en esta comunión con el pueblo de Dios podemos entrar realmente con el “nosotros” en el núcleo de la verdad que Dios mismo nos quiere comunicar. Para él una auténtica interpretación de la Biblia tenía que estar siempre en armonía con la fe de la Iglesia católica.

O sacerdote, o homem do futuro!

“O sacerdote é o homem do futuro”. Assim definiu o Papa em uma videomensagem enviada hoje aos mais de mil participantes de um retiro sacerdotal que acontece na cidade de Ars, na França. O seminário se desenvolve em torno do tema “A alegria do sacerdote consagrado para a salvação do mundo” e termina no próximo dia 3. A iniciativa nasceu do Ano Sacerdotal, convocado em junho por Bento XVI.

Uma reflexão sobre o papel do sacerdote a partir de São Paulo até o Santo Cura d’Ars. Esta é a síntese da mensagem do Papa aos religiosos reunidos na França. “Um bom pastor segundo o coração de Deus é o maior tesouro que Deus pode conceder a uma paróquia e um dos dons mais preciosos da misericórdia divina”, disse o Santo Padre fazendo suas as palavras de São João Maria Vianney.

O sacerdote é chamado a servir, dando a sua vida a Deus, é chamado a continuar a obra de redenção sobre a terra, “mas – lembra Bento XVI – a nossa vocação sacerdotal é um tesouro que levamos em vasos de argila”. Neste sentido, o próprio São Paulo expressou a infinita distância que existe entre a vocação sacerdotal e a pobreza das respostas que podemos dar a Deus, ponderou o Papa.

“Quando somos fracos é então que eu sou forte”, lembrou o Papa, citando o Apóstolo das Gentes. “A consciência desta fragilidade abre para a intimidade de Deus e doa força e alegria. O sacerdote não está, assim, para si próprio, mas para todos”, e este é um dos maiores desafios do nosso tempo, afirmou o pontífice.

O próprio sacerdote, “homem da Palavra divina”, deve ser hoje mais que nunca um “homem da alegria e da esperança”. “Diante daqueles que não podem mais conceber que Deus seja puro amor – prossegue Bento XVI – ele afirmará sempre que a vida vale a pena ser vivida e que Cristo dá todo o sentido porque Ele ama os homens, todos os homens”.

Expressando a própria proximidade a todos que completam o seu magistério em dificuldade, o Papa lembrou depois que o sacerdote é o homem do futuro, aquele que tem sempre presente as palavras de São Paulo: “Ressuscitais em Cristo”. “Vos convido a fortalecer a vossa fé e a dos fiéis na Eucaristia que celebrais, fonte da verdadeira alegria. Nada substituirá nunca na Igreja o ministério dos sacerdotes, testemunhas vivas da potência de Deus que opera na fraqueza dos homens, religiosos que são consagrados para a salvação do mundo e escolhidos por Cristo para que sejam sal da terra e luz do próprio mundo”.

O sacerdócio “é o meio com o qual Cristo constrói a Igreja”, disse o arcebispo de Viena, cardeal Christoph Schonborn. “É instrumentum animatorum (instrumento da alma) que realiza o sacrifício eucarístico em virtude do poder sagrado recebido.”

O cardeal brasileiro dom Cláudio Hummes, prefeito da Congregação para o Clero, disse a propósito do retiro, por sua vez, que os sacerdotes não devem se desencorajar diante de uma cultura pós-moderna, secularizada e relativista, nem se deprimir diante do declínio das vocações.

Fote: Gaudium Press.

Alguns comentários dos Papas ao Sacerdócio

view

Damos, pois, graças à divina Providência, que já por duas vezes se dignou alegrar e iluminar as horas solenes da nossa vida sacerdotal com o esplendor da santidade do cura de Ars […]. Não vos surpreenderá, aliás, que, ao dirigir-vos esta carta, o nosso espírito e o nosso coração se volvam especialmente para os sacerdotes, nossos filhos caríssimos, a fim de os exortar a todos instantemente – e sobretudo aos que estão empenhados no ministério pastoral – a meditar os admiráveis exemplos de um irmão no sacerdócio, tornado seu celeste patrono.

 Sacerdotii Nostri Primordia – João XXIII

 

 

 Os principais colaboradores do Bispo são, todavia, os párocos, a quem, como pastores próprios, é confiada, sob a autoridade do Bispo, a cura de almas numa parte determinada da diocese. […] Com os seus coadjutores, exerçam de tal maneira o seu ministério de ensinar, santificar e governar, que os fiéis e as comunidades paroquiais se sintam de facto membros tanto da diocese como do todo que forma a Igreja universal.

 Christus Dominus – Paulo VI

 

Como ensina o Concílio Vaticano II, « os fiéis por sua parte concorrem para a oblação da Eucaristia, em virtude do seu sacerdócio real », mas é o sacerdote ministerial que « realiza o sacrifício eucarístico fazendo as vezes de Cristo e oferece-o a Deus em nome de todo o povo ».

 Ecclesia de Eucharistia – João Paulo II

 

Como esquecer que nós, presbíteros, fomos consagrados para servir, humilde e respeitavelmente, o sacerdócio comum dos fiéis? A nossa missão é indispensável para a Igreja e para o mundo, que requer plena fidelidade a Cristo e união incessante com Ele; ou seja, exige que tendamos constantemente para a santidade, como fez São João Maria Vianney.

 Abertura do Ano Sacerdotal  Bento XVI

 

Evitar a secularização do clero

Em audiência com bispos brasileiros, Papa pede fim da “secularização dos sacerdotes e da clericalização dos leigos”

Castel Gandolfo (Quinta, 17-09-2009, Gaudium Press) “É necessário evitar a secularização dos sacerdotes e a clericalização dos leigos”. Essa foi a principal mensagem de Bento XVI aos quatro bispos da regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), recebidos hoje, em audiência privada no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo. Os bispos da Regional Nordeste 2 concluem nesta sexta-feira sua visita “ad Limina apostolorum”.

Foram recebidos por Bento XVI na audiência o arcebispo de Maceió, Antônio Muniz Fernandes, acompanhado do arcebispo emérito, dom Edvaldo Gonçalves Amaral, além dos bispos de Palmeira dos Índios, mons. Dulcênio Fontes de Matos, e de Penedo, mons. Valério Breda, ambas dioceses do Estado de Alagoas.

Bento XVI iniciou seu discurso aos prelados brasileiros agradecendo a visita dos arcebispos e bispos de Olinda e Recife, Paraíba, Maceió e Natal – os grupos foram recebidos em audiências separadas -, em especial as palavras do arcebispo de Maceió, como porta-voz da Regional Nordeste 2 (veja mais abaixo íntegra do discurso dos bispos brasileiros).

Em seguida, o Papa discorreu sobre a diferença entre o sacerdócio comum e o sacerdócio ministerial. Pediu ainda que os sacerdotes evitem ater-se às questões civis e de caráter político, devendo focar sua tarefa na missão sacerdotal e na orientação aos fiéis.

“(…) Os fiéis leigos devem empenhar-se em exprimir na realidade, inclusive através do empenho político, a visão antropológica cristã e a doutrina social da Igreja. Diversamente, os sacerdotes devem permanecer afastados de um engajamento pessoal na política, a fim de favorecerem a unidade e a comunhão de todos os fiéis e assim poderem ser uma referência para todos”, recomendou o Papa.

Para Bento XVI, é preciso que as partes não misturem seus papéis, e que o engajamento políticosocial dos leigos seja fortalecido pelos sacerdotes. “É importante fazer crescer esta consciência nos sacerdotes, religiosos e fiéis leigos, encorajando e vigiando para que cada um possa sentir-se motivado a agir segundo o seu próprio estado”.

Segundo o Papa, a harmonização entre os dois tipos de sacerdócio é um dos maiores desafios da Igreja, e vem sendo abalada por uma eventual falta de presbíteros em algumas comunidades, o que faz com que os próprios laicos procurem suprir essa carência. Ele pediu que os bispos e arcebispos brasileiros tenham sempre nas paróquias de suas dioceses um “ministro ordenado”, sacerdote de formação.

Ao citar exemplos de conduta sacerdotal da Igreja, Bento XVI falou do Santo Cura d’Ars, patrono dos sacerdotes e motivador do atual Ano Sacerdotal, e também do brasileiro Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, o Frei Galvão, que disse ter tido a “alegria” de canonizar em maio de 2007.

Ao final, entregou sua benção apostólica aos presentes, invocando a Virgem Maria. A Regional Nordeste 2 da CNBB compreende os estados de Alagoas, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba.

* * * * * * * * *

http://www.gaudiumpress.org/view/show/8343-em-audiencia-com-bispos-brasileiros-papa-pede-fim-da-secularizacao-dos-sacerdotes-e-da-clericalizacao-dos-leigos

“Sacerdócio é serviço, não domínio” diz Papa a novos bispos

Cidade do Vaticano (Segunda, 14-09-2009, Gaudium Press) “Servir e neste ato doar a si mesmo; ser não para si próprio, mas para os outros, por Deus e em vista de Deus” falou o Papa sobre “a verdadeira essência do Sacerdócio” na homília da Missa de Ordenação episcopal realizada neste sábado na Basílica Vaticana. Bento XVI ordenou cinco novos bispos, os monsenhores: Gabriele Giordano Caccia, Franco Coppola, Pietro Parolin, Raffaello Martinelli e Giorgio Corbellini.

O pontífice dedicou toda a reflexão de sua homilia sobre o significado do sacerdócio e do ministério episcopal. “O consagrado deve ser pleno do Espírito de Deus e viver a partir d’Ele. Deve levar aos pobres a boa nova, a verdadeira liberdade e a esperança que faz viver o homem e o restabelece. Ele deve estabelecer o sacerdócio de Cristo entre os homens, o sacerdócio a modo de Melquisedeque, isto é, o reino da justiça e da paz”, declarou.

O sacerdócio que é serviço, não domínio, se realiza na fidelidade, prudência e bondade, aponta o Papa. “A fidelidade é altruísmo, e por este motivo é libertadora para o próprio ministro e para todas que lhe sejam confiados. Sabemos como as coisas na sociedade civil, e não raramente também na Igreja, sofrem pelo fato de que muitos daqueles a quem foi conferida uma responsabilidade trabalhem para si mesmos e não para a comunidade, pelo bem comum”, observou.

O sacramento do sacerdócio abrange três graus. O primeiro é o diaconato, o segundo o presbiterado e o terceiro o episcopado. O Santo Padre falou também sobre os momentos mais importantes da ordenação e tembém do significado da abertura do Evangeliário (livro litúrgico com trechos do Evangelho que se usam durante a Missa e que somente diáconos ou padres podem ler). “Segundo a Tradição apostólica, este sacramento é conferido mediante a imposição das mãos e da oração. A imposição das mãos acontece em silêncio.”

“A ordenação episcopal é um evento de oração. Nenhum homem pode tornar outro homem um sacerdote ou bispo. É o Senhor que, através da palavra da oração e do gesto da imposição das mãos, acolhe aquele homem totalmente a seu serviço, o atrai no seu próprio sacerdócio. Ele mesmo consagra os eleitos. Ele mesmo, o único Sumo Sacerdote, que ofereceu o único sacrifício por todos nós, lhe concede a participação no seu sacerdócio, para que a sua palavra e a sua obra estejam presentes em todos os tempos.”

Homilía de S.S. Benedicto XVI al inaugurar el Año Sacerdotal

REZO DE LAS SEGUNDAS VÍSPERAS
DE LA SOLEMNIDAD DEL SAGRADO CORAZÓN DE JESÚS

INAUGURACIÓN DEL AÑO SACERDOTAL
EN EL 150° ANIVERSARIO DE LA MUERTE
DE SAN JUAN MARÍA VIANNEY

HOMILÍA DE SU SANTIDAD BENEDICTO XVI

Basílica de San Pedro
Viernes 19 de junio de 2009

Queridos hermanos y hermanas:
En la antífona del Magníficat dentro de poco cantaremos: “El Señor nos ha acogido en su corazón”- “Suscepit nos Dominus in sinum et cor suum”. En el Antiguo Testamento se habla 26 veces del corazón de Dios, considerado como el órgano de su voluntad: en referencia al corazón de Dios, el hombre es juzgado. A causa del dolor que su corazón siente por los pecados del hombre, Dios decide el diluvio, pero después se conmueve ante la debilidad humana y perdona. Luego hay un pasaje del Antiguo Testamento en el que el tema del corazón de Dios se expresa de manera totalmente clara: se encuentra en el capítulo 11 del libro del profeta Oseas, donde los primeros versículos describen la dimensión del amor con el que el Señor se dirige a Israel en la aurora de su historia: “Cuando Israel era niño, yo le amé, y de Egipto llamé a mi hijo” (v. 1). En realidad, a la incansable predilección divina, Israel responde con indiferencia e incluso con ingratitud. “Cuanto más los llamaba –constata el Señor–, más se alejaban de mí” (v. 2). Sin embargo, Él no abandona Israel en las manos de los enemigos, pues “mi corazón -dice el Creador del universo– está en mí trastornado, y a la vez se estremecen mis entrañas” (v. 8).
¡El corazón de Dios se estremece de compasión! En la solemnidad del Sagrado Corazón de Jesús, la Iglesia presenta a nuestra contemplación este misterio, el misterio del corazón de un Dios que se conmueve y ofrece todo su amor a la humanidad. Un amor misterioso, que en los textos del Nuevo Testamento se nos revela como inconmensurable pasión de Dios por el hombre. No se rinde ante la ingratitud, ni siquiera ante el rechazo del pueblo que ha escogido; es más, con infinita misericordia envía al mundo a su unigénito Hijo para que cargue sobre sí el destino del amor destruido; para que, derrotando el poder del mal y de la muerte, pueda restituir la dignidad de hijos a los seres humanos esclavizados por el pecado. Todo esto a caro precio: el Hijo unigénito del Padre se inmola en la cruz: “habiendo amado a los suyos que estaban en el mundo, los amó hasta el extremo” (Cf. Juan 13, 1). Símbolo de este amor que va más allá de la muerte es su costado atravesado por una lanza. En este sentido, un testigo ocular, el apóstol Juan, afirma: “uno de los soldados le atravesó el costado con una lanza y al instante salió sangre y agua” (Cf. Juan 19,34).
Queridos hermanos y hermanas: gracias, pues respondiendo a mi invitación, habéis venido en gran número a esta celebración en la que entramos en el Año Sacerdotal. Saludo a los señores cardenales y a los obispos, en particular al cardenal prefecto y al secretario de la Congregación para el Clero, junto a sus colaboradores, y al obispo de Ars. Saludo a los sacerdotes y a los seminaristas de los colegios de Roma; a los religiosos y religiosas y a todos los fieles. Dijo un saludo especial a Su Beatitud Ignace Youssef Younan, patriarca de Antioquía de los Sirios, venido a Roma para visitarme y manifestar públicamente la “ecclesiastica communio” [comunión eclesial, ndt.] que le he concedido.
Queridos hermanos y hermanas: detengámonos a contemplar juntos el Corazón traspasado del Crucificado. Una vez más acabamos de escuchar, en la breve lectura tomada de la Carta de san Pablo a los Efesios, que “Dios, rico en misericordia, por el grande amor con que nos amó, estando muertos a causa de nuestros delitos, nos vivificó juntamente con Cristo – por gracia habéis sido salvados y con él nos resucitó y nos hizo sentar en los cielos en Cristo Jesús” (Efesios 2,4-6). Estar en Cristo Jesús significa ya sentarse en los cielos. En el Corazón de Jesús se expresa el núcleo esencial del cristianismo; en Cristo se nos revela y entrega toda la novedad revolucionaria del Evangelio: el Amor que nos salva y nos hace vivir ya en la eternidad de Dios. Escribe el evangelista Juan: “Tanto amó Dios al mundo que dio a su Hijo único, para que todo el que crea en él no perezca, sino que tenga vida eterna” (3,16). Su Corazón divino llama entonces a nuestro corazón; nos invita a salir de nosotros mismos, y a abandonar nuestras seguridades humanas para fiarnos de Él y, siguiendo su ejemplo, a hacer de nosotros mismos un don de amor sin reservas.
Si es verdad que la invitación de Jesús a “permanecer en su amor” (Cf. Juan 15, 9) se dirige a todo bautizado, en la fiesta del Sagrado Corazón de Jesús, Jornada de Santificación Sacerdotal, esta invitación resuena con mayor fuerza para nosotros sacerdotes, en particular esta tarde, solemne inicio del Año Sacerdotal, que he convocado con motivo del 150° aniversario de la muerte del santo Cura de Ars. Me viene inmediatamente a la mente una hermosa y conmovedora afirmación, referida en el Catecismo de la Iglesia Católica: “El sacerdocio es el amor del Corazón de Jesús” (n. 1589). ¿Cómo no recordar con conmoción que directamente de este Corazón ha manado el don de nuestro ministerio sacerdotal? ¿Cómo olvidar que nosotros, presbíteros, hemos sido consagrados para servir, humilde y autorizadamente, al sacerdocio común de los fieles? Nuestra misión es indispensable para la Iglesia y para el mundo, que exige fidelidad plena a Cristo y una incesante unión con Él; es decir, exige que busquemos constantemente la santidad como hizo san Juan María Vianney. En la carta que os he dirigido con motivo de este año jubilar especial, queridos sacerdotes, he querido subrayar algunos aspectos que califican nuestro ministerio, haciendo referencia al ejemplo y a la enseñanza del santo Cura de Ars, modelo y protector de todos los sacerdotes, y en particular de los párrocos. Espero que este texto mío os sea de ayuda y aliento para hacer de este año una ocasión propicia para crecer en la intimidad con Jesús, que cuenta con nosotros, sus ministros, para difundir y consolidar su Reino, para difundir su amor, su verdad. Y, por tanto, “a ejemplo del santo cura de Ars, dejaos conquistar por Él y seréis también vosotros, en el mundo de hoy, mensajeros de esperanza, reconciliación y paz”.
¡Dejarse conquistar totalmente por Cristo! Este fue el objetivo de toda la vida de san Pablo, al que hemos dirigido nuestra atención durante el Año Paulino, que se encamina ya hacia su conclusión; esta ha sido la meta de todo el ministerio del santo cura de Ars, a quien invocaremos particularmente durante el Año Sacerdotal; que éste sea también el objetivo principal de cada uno de nosotros. Para ser ministros al servicio del Evangelio es ciertamente útil y necesario el estudio con una atenta y permanente formación pastoral, pero todavía es más necesaria esa “ciencia del amor”, que sólo se aprende de “corazón a corazón” con Cristo. Él nos llama a partir el pan de su amor, a perdonar los pecados y a guiar al rebaño en su nombre. Precisamente por este motivo no tenemos que alejarnos nunca del manantial del Amor que es su Corazón atravesado en la cruz.
Sólo así seremos capaces de cooperar eficazmente con el misterioso “designio del Padre”, que consiste en “hacer de Cristo el corazón del mundo”. Designio que se realiza en la historia en la medida en que Jesús se convierte en el Corazón de los corazones humanos, comenzando por aquellos que están llamados a estar más cerca de él, los sacerdotes. Nos vuelven a recordar este constante compromiso las “promesas sacerdotales”, que pronunciamos el día de nuestra ordenación y que renovamos cada año, el Jueves Santo, en la Misa Crismal. Incluso nuestras carencias, nuestros límites y debilidades deben volvenos a conducir al Corazón de Jesús. Si es verdad que los pecadores, al contemplarle, deben aprender el necesario “dolor de los pecados” que los vuelve a conducir al Padre, esto se aplica aún más a los ministros sagrados. ¿Cómo olvidar que nada hace sufrir más a la Iglesia, Cuerpo de Cristo, que los pecados de sus pastores, sobre todo de aquellos que se convierten en “ladrones de ovejas” (Juan 10, 1 y siguientes), ya sea porque las desvían con sus doctrinas privadas, ya sea porque las atan con los lazos del pecado y de muerte? También para nosotros queridos sacerdotes se aplica el llamamiento a la conversión y a recurrir a la Misericordia Divina, e igualmente debemos dirigir con humildad incesante la súplica al Corazón de Jesús para que nos preserve del terrible riesgo de dañar a aquellos a quienes debemos salvar.
Hace poco he podido venerar, en la Capilla del Coro, la reliquia del santo cura de Ars: su corazón. Un corazón inflamado de amor divino. Que se conmovía ante el pensamiento de la dignidad del sacerdote y hablaba a los fieles con tonos tocantes y sublimes, afirmando que ¡”después de Dios, el sacerdote lo es todo!… Él mismo no se entenderá bien sino en el cielo” (Cf. Carta para el Año Sacerdotal, p. 2). Cultivemos queridos hermanos, esta misma conmoción, ya sea para cumplir nuestro ministerio con generosidad y dedicación, ya sea para custodiar en el alma un verdadero “temor de Dios”: el temor de poder privar de tanto bien, por nuestra negligencia o culpa a las almas que nos han sido confiadas o de poderlas dañar. ¡Que Dios no lo permita! La Iglesia tiene necesidad de sacerdotes santos; de ministros que ayuden a los fieles a experimentar el amor misericordioso del Señor y sean sus testigos convencidos. En la adoración eucarística, que seguirá a la celebración de las Vísperas, pediremos al Señor que inflame el corazón de cada presbítero con esa caridad pastoral capaz de asimilar su personal “yo” al de Jesús sacerdote, para así poderlo imitar en la más completa entrega de uno mismo. Que nos obtenga esta gracia la Virgen Madre, de quien mañana contemplaremos con viva fe el Corazón inmaculado. El santo cura de Ars vivía una filial devoción por ella, hasta el punto de que en 1836, anticipándose a la proclamación del dogma de la Inmaculada Concepción, ya había consagrado su parroquia a María “concebida sin pecado”. Y mantuvo la costumbre de renovar a menudo esta ofrenda de la parroquia a la santa Virgen, enseñando a los fieles que “basta con dirigirse a ella para ser escuchados”, por el simple motivo que ella “desea sobretodo vernos felices”. Que nos acompañe la Virgen santa, nuestra Madre, en el Año Sacerdotal que hoy iniciamos, para que podamos ser guías firmes e iluminados para los fieles que el Señor confía a nuestros cuidados pastorales ¡Amen!

http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/homilies/2009/documents/hf_ben-xvi_hom_20090619_anno-sac_sp.html