Milhares de sacerdotes “tingem” São Pedro de branco em histórica cerimônia de conclusão do Ano Sacerdotal

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 11-06-2010, Gaudium Press) O Papa Bento XVI esteve à frente dos 15 mil sacerdotesFim ano sacerdotal presentes na Praça São Pedro pela missa de conclusão do Ano Sacerdotal, já considerada a maior concelebração na história da Igreja Católica e realizada na manhã desta sexta-feira. Foi uma cerimônia grandiosa, reunindo um impressionante e inédito número de padres em júbilo pela sua vocação ministerial, um mar branco cobrindo a Praça petrina no dia do Sagrado Coração de Jesus.

Logo no início da homilia da cerimônia, o Papa abordou temas dolorosos para a Igreja, como os casos de abuso cometidos por alguns padres católicos, e declarou “pedir insistentemente perdão a Deus e às pessoas envolvidas”. Apesar de o tema dos abusos ter dominado as notícias sobre a Igreja nos últimos meses e ter também estado presente nos discursos e na homilia, a celebração foi visivelmente um ato de festa da fé, do sacerdócio no seu fiel e jubiloso valor, o que foi demonstrado na emoção dos mais de 15 mil sacerdotes.

“Se o Ano Sacerdotal tivesse sido uma glorificação da nossa pessoal prestação humana, teria sido destruído por esses acontecimentos”, observa o Papa. “Mas o que ocorreu foi precisamente o oposto: nós crescemos em gratidão pelo dom de Deus (…)”.”Justamente neste ano de alegria pelo sacramento do sacerdócio, vieram à tona os pecados dos sacerdotes – principalmente o abuso às crianças”O “inimigo” da Igreja, que é o pecado. Diante de todos os presentes o pontífice pediu “insistentemente perdão a Deus e às pessoas envolvidas” e prometeu “fazer todo o possível para que tal abuso não possa nunca mais acontecer”.

Bento XVI garantiu que a Igreja irá investir e estar mais atenta à formação dos seminaristas para “avaliar a autenticidade da vocação” e também para acompanhar os sacerdotes “para que o Senhor os proteja e os guarde em situações penosas e nos perigos da vida”. O sacerdócio é como uma “pérola preciosa” que requer a coragem e a humildade à Deus, e “o dever de purificação, um dever que nos acompanha em direção ao futuro”.

Sobre os valores do sacerdócio, o Papa disse que o “perene fundamento” e “o válido critério, de cada ministério sacerdotal” é o sacerdócio de Jesus. “Deus quer que nós, como sacerdotes, em um pequeno ponto da história, compartilhemos as suas preocupações pelos homens” – recorda aos sacerdotes. Isto diz respeito a “conhecer” o seu rebanho. Mas “conhecer” – explica o pontífice – “não é nunca somente um saber externo assim como se conhece o número de telefone de uma pessoa”, “mas ser interiormente próximo ao outro”.

Ao fim de sua homilia, o Santo Padre afirmou que “o pastor precisa do bastão contra as feras selvagens que querem atacar” os fiéis e ele mesmo. “Justamente o uso do bastão pode ser um serviço de amor. Hoje vemos que não se trata de amor, quando se toleram comportamentos indignos da vida sacerdotal. Bem como não se trata de amor se se deixa proliferar a heresia, o desvio e o esfacelamento da fé, como se nós autonomamente inventássemos a fé”, observa o pontífice pedindo a todos os fiéis e aos sacerdotes em particular, para serem “água da vida em um mundo sedento”.

Mais de 15 mil sacerdotes de todo o mundo foram à Roma para as cerimônias de conclusão do Ano Sacerdotal

Depois da homilia, os sacerdotes renovaram as promessas sacerdotais, como na Quinta-Feira Santa, na Missa crismal.

Ao fim da missa o Papa dirigiu uma saudação a todos os presentes nas línguas próprias de cada grupo: francês, inglês, alemão, português, polonês e italiano. Aos sacerdotes de língua portuguesa disse: “Dou graças a Deus pelo que sois e pelo que fazeis, recordando a todos que nada jamais substituirá o ministério dos sacerdotes na vida da Igreja. A exemplo e sob o patrocínio do Santo Cura d’Ars, perseverai na amizade de Deus e deixai que as vossas mãos e os vossos lábios continuem a ser as mãos e os lábios de Cristo, único Redentor da humanidade. Bem hajam!”.”

Também em espanhol o Papa manifestou a sua alegria por este extraordinário evento. “Esta celebración se convierta en un vigoroso impulso para seguir viviendo con gozo, humildad y esperanza su sacerdocio, siendo mensajeros audaces del Evangelio, ministros fieles de los Sacramentos y testigos elocuentes de la caridad. Con los sentimientos de Cristo, Buen Pastor, os invito a continuar aspirando cada día a la santidad, sabiendo que no hay mayor felicidad en este mundo que gastar la vida por la gloria de Dios y el bien de las almas.”

Foram dispostas duas tribunas no átrio, também outras menores sobre as escadas, seis setores na Praça, todos reservados aos concelebrantes da missa com o Papa na conclusão do Ano Sacerdotal. Outros quatro setores menores foram ocupados pelas religiosas, sacerdotes e fiéis.

Hoje os sacerdotes que trabalham no Vaticano tiveram o dia livre para poder participar na cerimônia. A Praça de São Pedro, assim como ontem à noite, foi dominada pelos sacerdotes de todo o mundo. Antes da missa havia uma intensa atmosfera de preparação como aquela das sacristias das igrejas. Os fiéis aproveitavam a numerosa presença dos sacerdotes para a confissão, para tirar fotos deste histórico evento. Era tocante a alegria dos sacerdotes assim como a de Padre José, um sacerdote brasileiro presente à cerimônia, que declarou estar “muito feliz” de estar lá e celebrar a missa com o Papa.

O sacerdócio é sacramento e testemunho de fé, não ofício, afirma Bento XVI em vigília

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 11-06-2010, Gaudium Press) O Papa Bento XVI participou na noite desta quinta-feiraVigilia de uma grande vigília junto aos milhares de sacerdotes de todo o mundo, na espera da missa de sexta-feira pela conclusão do Ano Sacerdotal.

“Bem-vindo em meio a nós”, foi como o cardeal prefeito da Congregação para o Clero, Dom Claudio Hummes, saudou o Papa. “Todos os sacerdotes presentes, junto a seus coirmãos espalhados pelo mundo, desejam manifestar a sua mais filial devoção, sua profunda estima, seu apoio e afeto sinceros”. As palavras do cardeal foram confirmadas com um grande aplauso dos mais de 10 mil sacerdotes presentes à vigília.

“Obrigado de coração Santidade, por tudo que fez, está fazendo e fará por todos os sacerdotes, mesmo por aqueles perdidos”, prossegui o Cardeal Hummes em sua saudação. “Gostaríamos que o Ano Sacerdotal não terminasse nunca, isto é, não terminasse nunca a atenção de cada um para a santidade na própria identidade”, continuou.

O Santo Padre chegou à Praça em papamóvel, passando pelos setores. A parte da vigília com a presença do pontífice consistiu em cinco perguntas feitas por padres de cinco continentes. Os temas foram os mais significativos para os padres, como o desenrolar de sua ação pastoral, o celibato, a teologia. O pontífice reforçou a eles que não se pode “fazer o que se quer ou se deveria fazer, porque nossas forças são limitadas e a sociedade é cada vez mais diversificada e complicada”.

O sacerdócio não é uma profissão ” como qualquer trabalho. É o que diz o Santo Padre Bento XVI sobre a realidade da vocação sacerdotal no mundo de hoje, o testemunho da fé, do celibato e da teologia.

O Papa advertiu ainda contra “a arrogância da razão”, que obscura a presença de Deus no mundo. “Nós, teólogos, devemos usar a razão grande e ter coragem de ir além do positivismo e ir além da experiência. Não nos submetendo a todas as hipóteses do momento”, observo o Santo Padre.

“Há uma teologia que quer ser acadêmica e científica e que esquece a realidade vital, a presença de Deus, o seu falar hoje, e não somente no seu passado”. A “verdadeira teologia” é aquela que “vem do amor de Deus e de Cristo”, explicou o pontífice, que advertiu contra a “tentação” do clericalismo, mal “de todos os tempos”, e também de hoje.

Sobre o celibato, Bento XVI reforçou que o mundo deve pensar no seu futuro, não somente em se concentrar no hoje. O sacerdócio é aquele sinal do futuro que todo homem espera. O presente problema é entender o significado do celibato como “moda para não se casar” que promove o “viver sozinho e por si mesmo, enquanto o celibato é um sim definitivo”. São coisas diferentes, explica Bento XVI. “Se desaparecer o casamento entre o homem e a mulher, desaparece a raiz da nossa cultura”. As palavras do Papa são recebidas pelos padres presentes com um longo aplauso.

O mundo vê o escândalo no celibato, enquanto “não quer ver que existem também os escândalos dos nossos pecados, que obscuram o grande escândalo”. O Papa ressalta “enorme fidelidade” e “grande sinal da fé” no celibato.

O Papa pediu aos sacerdotes que “tornem possível para todos a Eucaristia dominical e para celebrá-la de forma a tornar visível o Senhor”, além de “serem presentes para os sofredores”.

A adoração do Santíssimo concluiu a vigília. Calor, alegria e também oração dominaram a atmosfera da praça. O Santo Padre foi recebido com um grande aplauso e um forte coro de “Bento, Bento”. O Papa estava sorridente.

Aos leigos e religiosas foram preparados somente dois setores na Praça São Pedro para a noite de quinta-feira, todos os outros foram reservados aos sacerdotes, aproximadamente 15 mil, em Roma para celebrar com o Santo Padre a conclusão do Ano Sacerdotal.

“Levantar e ir em missão”, pede Dom Claudio Hummes aos sacerdotes

D Claudio Hummes2Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 09-06-2010, Gaudium Press) “Sejam bem-vindos! Aqui em Roma nós os amamos e os reconhecemos por aquilo que são e por aquilo que fazem como presbíteros na vida e na missão da Igreja”. Foi com essa calorosa saudação que o prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Claudio Hummes, recebeu os sacerdotes que chegaram em Roma para as celebrações da conclusão do Ano Sacerdotal, que começam hoje e terminam na próxima sexta-feira na solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Para essa ocasião se espera a maior concelebração da história da Igreja, cerca de 15 mil sacerdotes do mundo todo reunidos.

O “renovar em cada um dos presbíteros a consciência e a atuação de sua verdadeira identidade sacerdotal e de sua espiritualidade específica” foi o objetivo do Ano Sacerdotal anunciado no ano passado pelo Santo Padre, como fez questão de salientar o cardeal Hummes. “Levantar e ir em missão” é o chamado para os sacerdotes de hoje.

 Segundo o purpurado, humilde, confiante e honrado é a imagem que todo sacerdote deveria passar em sua missão na Igreja, a todos os fiéis. O mundo precisa de “cristianização” nos países ocidentais já cristãos há séculos e que estão perdendo a fé e de também uma nova evangelização nos países onde o cristianismo ainda não é muito difundido, prossegiu.

Essa missão sacerdotal, para Dom Cláudio, deve acontecer primeiro com os mais pobres. “Esses são marginalizados e excluídos do altar dos bens materiais, sociais, culturais e frequentemente também o altar dos bens espirituais”, diz o cardeal Hummes, recordando que são eles os “destinatários privilegiados do Evangelho”.

Dom Mauro Piacenza, secretário da Congregação para o Clero, disse aos que estavam presentes à Basílica lateranense na adoração eucarística que para cada um deles a Igreja é Mãe e Esposa, “por cada um exulta, com cada um geme e em cada um confia”. Os sacerdotes são “aqueles escolhidos”, “amados” e envolvidos especialmente na Eucaristia por Jesus, explicou.

A cidade de Roma, nestes dias, até a próxima sexta-feira, será dominada pela numerosa presença de sacerdotes e religosas. As primeiras estatísticas registram a cifra de 9689 presenças nas celebrações da conclusão do Ano Sacerdotal. A América Latina é representada, atpe agora, pela Argentina com 88 padres, pelo Brasil com 194, pelo Chile com 32, pela Colômbia com 300, pelo Equador com 41, por Honduras com 32, pelo México com 198, pelo Paraguai com 60, pelo Perú com 3, pelo Uruguai com 8 e pela Venezuela com 29.

O ENCERRAMENTO DO ANO SACERDOTAL

D Claudio HummesCaros Presbíteros,

         A Igreja sem dúvida está muito feliz com o Ano Sacerdotal e agradece ao Senhor por haver inspirado o Santo Padre a decidir sua realização. Todas as informações que chegam aqui a Roma sobre as numerosas e multíplices iniciativas programadas pelas Igrejas locais no mundo inteiro para realizar este ano especial constituem a prova de como foi bem recebido e – podemos dizer – correspondeu a um verdadeiro e profundo anseio dos presbíteros e de todo o povo de Deus. Estava na hora de dar uma atenção especial de reconhecimento e de empreendimento em favor do grande, laborioso e insubstituível presbitério e de cada presbítero da Igreja.

         É verdade que alguns, mas proporcionalmente muito poucos, presbíteros, cometeram horríveis e gravíssimos delitos de abuso sexual contra menores, fatos que devemos rejeitar e condenar de modo absoluto e intransigente. Devem eles responder diante de Deus e diante dos tribunais, também civis. Mas estamos antes de tudo do lado das vítimas e queremos dar-lhes apoio tanto na recuperação como em seus direitos ofendidos.

         Por outro lado, os delitos de alguns não podem absolutamente ser usados para manchar o inteiro corpo eclesial dos presbíteros. Quem o faz, comete uma clamorosa injustiça. A Igreja, neste Ano Sacerdotal, procura dizer isto à sociedade humana. Qualquer pessoa de bom senso e boa vontade o entende.

         Dito necessariamente isso, voltamos a vós, caros presbíteros. Queremos dizer-vos, mais uma vez, que reconhecemos o que sois e o que fazeis na Igreja e na sociedade. A Igreja vos ama, vos admira e vos respeita. Sois também alegria para nossa gente católica no mundo, que vos acolhe e apoia, principalmente nestes tempos de sofrimentos.

        Daqui a dois meses chegaremos ao encerramento do Ano Sacerdotal. O Papa, caros sacerdotes, convida-vos de coração a vir de todo o mundo a Roma para este encerramento nos dias 9, 10 e 11 de junho próximo. De todos os países do mundo. Dos países mais próximos de Roma dever-se-ia poder esperar milhares e milhares, não é verdade? Então, não recuseis o convite premuroso e cordial do Santo Padre. Vinde e Deus vos abençoará. O Papa quer confirmar os presbíteros da Igreja. A vossa presença numerosa na Praça de São Pedro constituirá também uma forma propositiva e responsável de os presbíteros se apresentarem, prontos e não intimidados, para o serviço à humanidade, que lhes foi confiado por Jesus Cristo. A vossa visibilidade na praça, diante do mundo hodierno, será uma proclamação do vosso envio não para condenar o mundo, mas para salvá-lo (cfr. Jo 3,17 e 12,47). Em tal contexto, também o grande número terá um significado especial.

         Para essa presença numerosa dos presbíteros no encerramento do Ano Sacerdotal, em Roma, há ainda um motivo particular, que a Igreja hoje tem muito a peito. Trata-se de oferecer ao amado Papa Bento XVI nossa solidariedade, nosso apoio, nossa confiança e nossa comunhão incondicional, diante dos frequentes ataques que lhe são dirigidos, no momento atual, no âmbito de suas decisões referentes aos clérigos incursos nos delitos de abuso sexual contra menores. As acusações contra o Papa são evidentemente injustas e foi demonstrado que ninguém fez tanto quanto Bento XVI para condenar e combater corretamente tais crimes. Então, a presença massiva dos presbíteros na praça com Ele será um sinal forte da nossa decidida rejeição dos ataques de que é vítima. Portanto, vinde também para apoiar o Santo Padre.

         O encerramento do Ano Sacerdotal não constituirá propriamente um encerramento, mas um novo início. Nós, o povo de Deus e os pastores, queremos agradecer a Deus por este período privilegiado de oração e de reflexão sobre o sacerdócio. Ao mesmo tempo, propomo-nos de estar sempre atentos ao que o Espírito Santo quer nos dizer. Entretanto, voltaremos ao serviço de nossa missão na Igreja e no mundo com alegria renovada e com a convicção de que Deus, o Senhor da história, fica conosco, seja nas crises seja nos novos tempos.

         A Virgem Maria, Mãe e Rainha dos sacerdotes, interceda por nós e nos inspire no seguimento de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. 

Roma, 12 de abril de 2010.

Cardeal Cláudio Hummes

Arcebispo Emérito de São Paulo

Prefeito da Congregação para o Clero

Papa convida sacerdotes a participarem do Encontro Internacional de Sacerdotes em Roma, por ocasião da conclusão do Ano Sacerdotal

papa-comunhao“O Ano Sacerdotal seja uma ocasião a mais para os religiosos presbíteros, para intensificar o caminho de santificação e, para todos os consagrados e as consagradas, um estímulo para acompanhar e apoiar o seu ministério com fervorosa oração. Este ano de graça terá um momento culminante em Roma, no mês de junho próximo, no encontro internacional dos sacerdotes, ao qual convido todos os que exercem o Sagrado Ministério”.

 

PAPA BENTO XVI, 

Homilia na Celebração das Vésperas da Festa da

Apresentação do Senhor, 2 de fevereiro de 2010

  

  Ano SacerdotalCongresso internacional de sacerdotes

Roma, 9-11 de junho de 2010

  “FIDELIDADE DE CRISTO, FIDELIDADE DO SACERDOTE”

 

1. PROGRAMAÇÃO OFICIAL

 

09 de junho de 2010, quarta-feira

                                                           Basílica de São paulo fora dos muros

“ Conversão e Missão”

9h                              Invocação do Espírito Santo

Conferência do Em.mo Card. Joachim Meisner, Arcebispo de Köln

Adoração Eucarística, com possibilidade de confissões

Celebração da Santa Missa presidida pelo Em.mo Card. Cláudio Hummes, Prefeito da Congregação para o Clero

 

10 de junho de 2010, quinta-feira

                                                           Basílica de santa maria maior

“ O Cenáculo: invocação do Espírito Santo com Maria,  em comunhão fraterna”

 

9h                             Invocação do Espírito Santo

Conferência do Em.mo Card. Marc Ouellet, Arcebispo de Québec

Adoração Eucarística, com possibilidade de confissões

Celebração da Santa Missa presidida pelo Em.mo Card. Tarcisio Bertone, Secretário de Estado de Sua Santidade

                  

à noite                    Encontro na PRAÇA DE SÃO PEDRO

Vigília

Testemunhos e momentos musicais

Diálogo com S. S. Bento XVI

Adoração e bênção eucarística

    

11 de junho de 2010, sexta-feira – Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

                                                                                        Basílica de São Pedro

“Com Pedro, em comunhão eclesial”

de manhã             Celebração da Santa Missa presidida pelo S.S. Bento XVI

Para as celebrações eucarísticas é necessário trazer TÚNICA E ESTOLA BRANCA

 

O PRESENTE PROGRAMA PODERÁ  SOFRER  VARIAÇÕES E/OU INTEGRAÇÕES

2.     Ficha de Inscrição para o congresso 

 Para obter o Programa e a Ficha de Inscrição, clicar aqui http://www.annussacerdotalis.org/clerus/allegati/2212/PROGRAMACAO_FICHA%20DE%20INSCRICAO.doc

 

Considerações sobre o ministério presbiteral no contexto do Ano Sacerdotal

Diác. José Victorino de Andrade, EPCura d'Ars

O Ano Sacerdotal que estamos celebrando tem trazido fecundos aportes ao ministério presbiteral, fruto das reflexões realizadas em todo o orbe católico e da renovada esperança que esta conclamação produziu no seio da Igreja. A esperança, nota distintiva da Instituição nascida do costado do Senhor e edificada sobre a rocha inabalável de Pedro, tende a se afirmar cada vez mais como a luz orientadora de nossa época, tal como o Magistério Pontifício a apresenta em duas de suas recentes encíclicas: a Novo Millenio Ineunte, de João Paulo II e a Spe Salvi, de Bento XVI. [1]

Nesta perspectiva, os numerosos problemas enfrentados pelos sacerdotes em nossos dias nos encorajam a pedir ao Senhor que, além de conduzi-los à plenitude da santidade por meio da qual serão vitoriosos em seus desafios, mande mais operários para a Sua messe (cf. Mt 9, 38; Lc 10, 2).

Nota o Cardeal Franc Rodé, CM, que o florescimento de novos chamados constitui, antes de tudo, o fruto de uma moção divina, mas não exclui a colaboração humana:

As vocações são um dom de Deus, e a iniciativa é completamente d’Ele. Entretanto, como é Seu costume, Ele normalmente Se serve de causas secundárias e depende de nossa colaboração para realizar Seus planos.[2]

No caso específico das vocações sacerdotais, a “causa secundária” muitas vezes se traduz na exemplaridade do sacerdote junto aos vocacionados. E para oferecerem um testemunho plenamente persuasivo, deverão eles próprios estar convencidos em seu íntimo da força sobrenatural que acompanha seu ministério e da presença constante de Cristo e da Igreja em tudo quanto realizam. O ensinamento do Concílio Vaticano II no Decreto Presbyterorum Ordinis salienta esta verdade alentadora:

 Lembrem-se, pois, os presbíteros que no exercício da sua missão nunca estão sós, mas apoiados na força onipotente de Deus e assim, com fé em Cristo que os chamou a participar do Seu sacerdócio, deem-se com toda a confiança ao seu ministério, sabendo que Deus é poderoso para aumentar neles a caridade. Lembrem-se ainda que têm os seus irmãos no sacerdócio, e até os fiéis de todo o mundo, associados a si. (n. 22)

Diante das exigências e dificuldades inerentes ao ministério sacerdotal, cumpre repetir com São Paulo: “Omnia possum in eo qui me confortat” (Fl 4, 13). O Apóstolo nos adverte a não confiarmos na carne, esperando das forças humanas a eficácia que uma ilusória auto-suficiência nunca poderá conceder. Os que confiam na graça, por sua vez, revestem-se da eficácia divina e este parece ser o segredo pelo qual os presbíteros se tornam instrumentos verdadeiramente úteis nas mãos da Providência. Só assim serão capazes de “cultivarem em si mesmos e difundirem na sociedade as virtudes morais e sociais, de maneira a tornarem-se realmente, com o necessário auxílio da graça divina, homens novos e construtores duma humanidade nova”.[3] Nesse sentido, cabe aos sacerdotes uma responsabilidade não pequena.

Hoje, mais do que nunca, exige-se ao presbítero que seja verdadeiramente pastor, à semelhança do Bom Pastor que é Cristo, a fim de conduzir e orientar o Povo de Deus, ciente, entretanto, dos perigos que o circundam: lobos que procuram reduzir ou dispersar o redil, ovelhas desgarradas que precisam ser libertas do triste carrascal em que se encontram, reconduzidas, amparadas e, se necessário, carregadas. Deste modo, atingirá sua própria perfeição:

 Fazendo todo o sacerdote, a seu modo, as vezes da própria pessoa de Cristo, de igual forma é enriquecido de graça especial para que, servindo todo o Povo de Deus e a porção que lhe foi confiada, possa alcançar de maneira conveniente a perfeição d’Aquele de quem faz as vezes, e cure a fraqueza humana da carne a santidade d’Aquele que por nós se fez pontífice ‘santo, inocente, impoluto, separado dos pecadores’ (Heb. 7, 26).[4]

Entretanto, será que tantas exigências e tarefas correspondentes ao presbítero em nossos dias não o sobrecarregarão? Será razoável exigir-lhe mais responsabilidade? Para mais agora, que se desdobra numa ocupação contínua, extenuante, diante de uma comunidade desproporcionada ou de um elevado número de pastorais a seu encargo… A realidade cotidiana de tantos ministros ordenados aparece-nos muitas vezes preocupante, podendo ser, de imediato, talvez superada por uma equilibrada simbiose entre contemplação e ação e, quando esse equilíbrio não for possível, a estratégia será fazer com que todos os atos sejam impregnados de espírito sobrenatural e tornem-se oração, oblação, serviço. Conforme João Paulo II:

 se a consciência do sacerdote é penetrada pelo imenso mistério de Cristo, se ela está totalmente dominada por ele, então todas as suas atividades, mesmo as mais absorventes (vida ativa) encontrarão raiz e alimento na contemplação dos mistérios de Deus (vida contemplativa), de que ele é administrador.[5]

Embora o ministério sacerdotal exija uma contínua doação de si mesmo, este zelo não deve descurar a “própria casa”, como recomendava Santo Afonso Maria de Ligório: “Visto que sois padre, é muito louvável que trabalheis na salvação das almas, mas não posso aprovar que, para serdes útil aos outros, vos esqueçais de vós mesmo”.[6] A santificação torna-se assim, não uma possibilidade, mas uma necessidade para o próprio desempenho do presbítero, na Igreja e no mundo, conforme afirmou o Vaticano II:

 […] este sagrado Concílio, para atingir os seus fins pastorais de renovação interna da Igreja, difusão do Evangelho em todo o mundo e diálogo com os homens do nosso tempo, exorta veementemente todos os sacerdotes a que, empregando todos os meios recomendados pela Igreja, se esforcem por atingir cada vez maior santidade, pela qual se tornem instrumentos mais aptos para o serviço de todo o Povo de Deus.[7]

Ao proclamar o Ano Sacerdotal, o Papa Bento XVI abriu as portas, tanto para numerosas e criativas iniciativas das Igrejas particulares – de caráter vocacional, pastoral, formativo, entre outras – como, sobretudo, para uma enriquecedora reflexão e encorajamento de todos os presbíteros, a fim de que seu ministério se torne mais fecundo e “constitua para cada sacerdote uma oportunidade de renovação interior e, consequentemente, de sólido fortalecimento no compromisso pela própria missão”.[8]

VICTORINO DE ANDRADE, José. Editorialin: LUMEN VERITATIS. São Paulo: Associação Colégio Arautos do Evangelho. n. 9, Out-Dez 2009. p. 3-6.


[1] Encontram-se mais de 100 referências à esperança na recente encíclica de Bento XVI,  Spe Salvi, além de numerosos e significativos incentivos para os tempos vindouros na Novo Millenio Ineunte,  como a marcante exortação: “DUC IN ALTUM! Sigamos em frente, com esperança! Diante da Igreja abre-se um novo milênio como um vasto oceano onde aventurar-se com a ajuda de Cristo”. (n. 58) 

[2] RODÉ, Frank. Simpósio sobre vida apostólica religiosa desde o Vaticano II no Stonehill College. Tradução do Corpo Editorial da Revista Arautos Evangelho. Boston: [s.e.], 2008.

[3] Gaudium et Spes, n. 30.

[4] Presbyterorum Ordinis, n. 22.

[5] JOÃO PAULO II. Discurso aos párocos e ao clero de Roma. 2 mar. 1979. Disponível em <www.vatican.va>. Acesso: 13 dez. 2009.

[6] MARIA DE LIGÓRIO, Afonso. A Selva. Tradução de MARINHO. Porto: Fonseca, 1928. p. 88.

[7] Presbyterorum Ordinis, n. 12.

[8] BENTO XVI. Audiência Geral Praça de São Pedro, quarta-feira – 1 jul. 2009. Disponível em: <http://www.annussacerdotalis.org>. Acesso 13 dez. 2009.

“O Padre não se tornará homem de Deus se não for homem de oração”, afirma Cardeal Hummes

d-claudio-hummesItaici (Quinta, 04-02-2010, Gaudium Press) O arcebispo emérito de São Paulo e prefeito da Congregação para o Clero, Dom Cláudio Hummes enviou ontem (3) uma mensagem especial aos mais de 500 padres reunidos em Itaici, em Indaiatuba (SP), onde se realiza o 13º Encontro Nacional de Presbíteros (ENP).

Na carta, dirigida particularmente aos participantes do ENP, Cardeal Hummes aborda o tema do Ano Sacerdotal vivido pela Igreja, “Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote!”, e recorda o desejo do Papa Bento XVI de que este ano especial seja “um tempo de profunda renovação interior dos sacerdotes”.

Segundo o cardeal, ser pastor segundo o coração de Deus é o “grande desafio” para os sacerdotes de todos os tempos, constituindo, dessa maneira, o “maior tesouro que o nosso Pai poderia oferecer aos fiéis de nossas comunidades”.

O prelado ressalta ainda que o sacerdote só será “Bom Pastor” na medida em que, através do exercício diário do seu ministério, se dedique “integralmente a Cristo e, por Ele, com Ele e Nele, aos irmãos, em total fidelidade”.

Para o cardeal, o povo brasileiro deseja “vivamente” que seus sacerdotes sejam “homens de Deus” e “homens de oração”. Dessa forma, na vida dos sacerdotes a oração e a intimidade com Deus são “essenciais e insubstituíveis”.

“A oração na vida do presbítero ou ocupa um lugar central ou será um belo ideal, distante de ser concretizado”, assinalou o cardeal. Se o trabalho pastoral não for precedido de oração, perderá seu valor e eficácia.

Cardeal Hummes recordou, ainda, o “Encontro Internacional de Sacerdotes” com o Papa Bento XVI, em Roma, que será realizado nos dias 9, 10 e 11 junho desse ano. Sobre o evento, convidou todos os padres a participar desse “marcante gesto de comunhão eclesial”.

Ao final da mensagem, o Cardeal Cláudio Hummes exortou todos os sacerdotes a viver o Ano Sacerdotal: “Grande é o dom da vossa vocação e urgente um novo ardor missionário a fazer-se presente no coração sacerdotal de cada um de vós”.

O sacerdote segundo o Santo Cura d’Ars

cure_arsO sacerdote

 A ordem: é um sacramento que não parece dizer nada a nenhum de vocês, mas diz respeito a todos.

 É o sacerdote quem continua a obra da Ressurreição na terra.

 Quando vocês vêem o sacerdote, pensem em Nosso Senhor Jesus Cristo.

 O sacerdote não é sacerdote para si mesmo, mas por vocês.

Tentem se confessar com a Santa Virgem ou com um anjo. Eles os absolverão? Darão o corpo e o sangue de Nosso Senhor a vocês? Não, a Santa Virgem não pode trazer seu divino Filho na hóstia. Ainda que vocês tivessem duzentos anjos a sua disposição, eles não poderiam absolvê-los. Um sacerdote, por mais simples que seja, pode fazer isso. Ele pode lhes dizer: vão em paz, eu os perdôo.

Oh, o sacerdote é algo realmente grande!

Um bom pastor, um pastor de acordo com o coração de Deus, é o maior tesouro que o bom Deus pode conceder a uma paróquia, e um dos dons mais preciosos da misericórdia divina.

O Sacerdócio é o amor do coração de Jesus.

Deixem uma paróquia vinte anos sem sacerdote: ali os animais serão adorados.

Extraído de: http://arsnet.org 

Também em http://www.annussacerdotalis.org

Alguns comentários dos Papas ao Sacerdócio

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Damos, pois, graças à divina Providência, que já por duas vezes se dignou alegrar e iluminar as horas solenes da nossa vida sacerdotal com o esplendor da santidade do cura de Ars […]. Não vos surpreenderá, aliás, que, ao dirigir-vos esta carta, o nosso espírito e o nosso coração se volvam especialmente para os sacerdotes, nossos filhos caríssimos, a fim de os exortar a todos instantemente – e sobretudo aos que estão empenhados no ministério pastoral – a meditar os admiráveis exemplos de um irmão no sacerdócio, tornado seu celeste patrono.

 Sacerdotii Nostri Primordia – João XXIII

 

 

 Os principais colaboradores do Bispo são, todavia, os párocos, a quem, como pastores próprios, é confiada, sob a autoridade do Bispo, a cura de almas numa parte determinada da diocese. […] Com os seus coadjutores, exerçam de tal maneira o seu ministério de ensinar, santificar e governar, que os fiéis e as comunidades paroquiais se sintam de facto membros tanto da diocese como do todo que forma a Igreja universal.

 Christus Dominus – Paulo VI

 

Como ensina o Concílio Vaticano II, « os fiéis por sua parte concorrem para a oblação da Eucaristia, em virtude do seu sacerdócio real », mas é o sacerdote ministerial que « realiza o sacrifício eucarístico fazendo as vezes de Cristo e oferece-o a Deus em nome de todo o povo ».

 Ecclesia de Eucharistia – João Paulo II

 

Como esquecer que nós, presbíteros, fomos consagrados para servir, humilde e respeitavelmente, o sacerdócio comum dos fiéis? A nossa missão é indispensável para a Igreja e para o mundo, que requer plena fidelidade a Cristo e união incessante com Ele; ou seja, exige que tendamos constantemente para a santidade, como fez São João Maria Vianney.

 Abertura do Ano Sacerdotal  Bento XVI

 

INDULGÊNCIAS POR OCASIÃO DO ANO SACERDOTAL

Como já foi anunciado, Bento XVI decidiu proclamar um especial Ano Sacerdotal por ocasião do 150º aniversário da morte do santo Cura d’Ars, João Maria Vianney, luminoso modelo de pastor, plenamente dedicado ao serviço do povo de Deus. Durante o Ano Sacerdotal, que terá início a 19 de Junho de 2009 e se concluirá a 19 de Junho de 2010, será concedido o dom de indulgências especiais, segundo o que está descrito no seguinte Decreto da Penitenciaria Apostólica.


PAENITENTIARIA APOSTOLICA

URBIS ET ORBIS

D E C R E T O

Serão enriquecidos com o dom de Sagradas Indulgências, particulares exercícios de piedade, a realizar-se durante o Ano Sacerdotal proclamado em honra de São João Maria Vianney.

Aproxima-se o dia no qual se comemorarão os 150 anos do piedoso trânsito para o céu de São João Maria Vianney, Cura d’Ars, que aqui na terra foi um admirável modelo de verdadeiro Pastor ao serviço do rebanho de Cristo.

Dado que o seu exemplo é adequado a estimular os fiéis e, principalmente, os sacerdotes a imitar as suas virtudes, o Sumo Pontífice Bento XVI estabeleceu que, para esta ocasião, de 19 de Junho de 2009 a 19 de Junho de 2010 seja celebrado em toda a Igreja um especial Ano Sacerdotal, durante o qual os sacerdotes se reforcem cada vez mais na fidelidade a Cristo com meditações piedosas, exercícios sagrados e outras obras oportunas.

Este período sagrado terá início com a solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, dia de santificação sacerdotal, quando o Sumo Pontífice celebrará as Vésperas na presença das sagradas relíquias de São João Maria Vianney, trazidas a Roma pelo Excelentíssimo Bispo de Belley-Ars. O Beatíssimo Padre também concluirá o Ano Sacerdotal na Praça de São Pedro com os sacerdotes provenientes de todo o mundo, que renovarão a fidelidade a Cristo e o vínculo de fraternidade.

Os sacerdotes empenhem-se com orações e boas obras, em obter do Sumo e Eterno Sacerdote Cristo a graça de resplandecer com a Fé, a Esperança, a Caridade e outras virtudes, e mostrem com o comportamento de vida, mas também com o aspecto exterior, que estão a dedicar-se plenamente ao bem espiritual do povo; o que, sobre todas as outras coisas, a Igreja teve sempre a peito.

Para alcançar do melhor modo a finalidade desejada, beneficiará muito o dom das Sagradas Indulgências, que a Penitenciaria Apostólica, com o presente Decreto emanado em conformidade com a vontade do Augusto Pontífice, benignamente concede durante o Ano Sacerdotal:

A. Aos sacerdotes verdadeiramente arrependidos, que em qualquer dia devotamente recitarem pelo menos as Laudes matutinas ou as Vésperas diante do Santíssimo Sacramento, exposto à pública adoração ou reposto no tabernáculo e, a exemplo de São João Maria Vianney, se oferecerem com ânimo pronto e generoso à celebração dos sacramentos, sobretudo da Confissão, concede-se misericordiosamente em Deus a Indulgência plenária, que poderá inclusive ser aplicada aos irmãos defuntos como sufrágio; se, em conformidade com as disposições vigentes, se aproximarem da confissão sacramental e do Convívio eucarístico, e rezarem segundo as intenções do Sumo Pontífice.

Além disso, aos sacerdotes concede-se a Indulgência parcial, também aplicável aos irmãos defuntos, cada vez que recitarem devotamente orações devidamente aprovadas a fim de que conduzam uma vida santa e cumpram santamente os ofícios que lhes forem confiados.

B. A todos os fiéis verdadeiramente arrependidos que, na igreja ou no oratório, assistirem devotamente ao divino Sacrifício da Missa e oferecerem, pelos sacerdotes da Igreja, orações a Jesus Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, e qualquer obra boa realizada naquele dia, a fim de os santificar e plasmar segundo o Seu coração, concede-se a Indulgência plenária, contanto que tenham expiado os próprios pecados com a penitência sacramental e elevado orações segundo as intenções do Sumo Pontífice: nos dias em que se abre e se encerra o Ano Sacerdotal, no dia do 150º aniversário do trânsito piedoso de São João Maria Vianney, na primeira quinta-feira do mês ou em qualquer outro dia estabelecido pelos Ordinários dos lugares, para a utilidade dos fiéis.

Será muito oportuno que, nas igrejas catedrais e paroquiais, sejam os próprios sacerdotes prepostos ao cuidado pastoral a dirigir publicamente estes exercícios de piedade, a celebrar a Santa Missa e confessar os fiéis.

Aos idosos, doentes e a todos os que por motivos legítimos não puderem sair de casa, com o ânimo desapegado de qualquer pecado e com a intenção de cumprir, assim que possível, as três condições de costume, na própria casa ou onde estiverem a viver, concede-se de igual modo a Indulgência plenária se, nos dias acima determinados, recitarem orações pela santificação dos sacerdotes e oferecerem a Deus com confiança as doenças e as dificuldades da sua vida, por intermédio de Maria, Rainha dos Apóstolos.

Enfim, concede-se a Indulgência parcial a todos os fiéis todas as vezes que recitarem devotamente cinco Pai-Nossos, Ave-Marias e Glórias, ou outra oração devidamente aprovada, em honra do Sacratíssimo Coração de Jesus, a fim de obter que os sacerdotes se conservem em pureza e santidade de vida.

O presente Decreto é válido por toda a duração do Ano Sacerdotal. Não obstante qualquer disposição contrária.

Dado em Roma, na sede da Penitenciaria Apostólica, a 25 de Abril, festa de São Marcos Evangelista, do ano da Encarnação do Senhor de 2009.

James Francis Card. Stafford Penitenciário-Mor

GianfrancoGirotti,O.F.M.,Conv. Bispo Titular de Meta, Regente