Efeitos da secularização na vida religiosa

Diác. José de Andrade, EP

Deus chama determinadas almas para O seguirem de uma forma radical e para cumprirem determinadas missões. Foi o caso, por exemplo, dos profetas do Antigo Testamento. Também no Novo Testamento se verifica o mesmo fenômeno, originando-se nos primeiros séculos da Igreja o monaquismo: indivíduos (os eremitas) ou comunidades de monges que se afastavam do mundo para se dedicarem unicamente ao serviço de Deus e à contemplação. Este movimento não fez senão crescer ao longo dos séculos, revestindo múltiplas formas. Sobretudo, nas épocas de grande fervor religioso, constata-se um grande incremento de vocações religiosas. Pois a vida consagrada é uma forma de viver mais intensamente o Evangelho, de almejar a santidade, através da prática dos conselhos evangélicos, pela profissão dos três votos: obediência, castidade e pobreza.

religiosasSua importância na Igreja sempre foi reconhecida, pois, como lembrava João Paulo II (1997, p.39), a vida consagrada constitui “memória viva da forma de existir e atuar de Jesus” (Vita consecrata, n.20). Além de ser, através do testemunho de vida, um convite constante aos fiéis a aspirarem à santidade. Por isso, sempre houve um grande empenho, em todas as épocas, em fomentar as vocações religiosas.

No século XX, constata-se um crescimento das vocações religiosas até aos finais da década de sessenta, havendo então uma inflexão dessa tendência que até nossos dias não se inverteu.

Podemos encontrar uma das causas desse decrescimento vocacional na secularização da sociedade moderna. Fenômeno apontado pelos últimos papas. Mas também na permeação da mentalidade secularista, na Igreja. Alguns autores, como o Cardeal Franc Rodé em 2008, porém, apontam outro fator que não pode ser desprezado. Chama ele a atenção para o modo como foi interpretado o Concílio Vaticano II, que ele denomina de “hermenêutica de ruptura”, sobretudo, neste assunto específico, no que diz respeito à reforma da vida religiosa. Em vez de se fazer uma necessária adaptação da vida religiosa às circunstâncias modernas, conservando, porém, o espírito fundacional e a essência da vida religiosa, houve como que uma ruptura com o estilo de vida anterior e uma diluição da radicalidade  com que os religiosos devem seguir a Cristo, cuja conseqüência foi a diminuição de novas vocações e o abandono da vida religiosa por muitos. Sob pretexto de reforma, assimilou-se o secularismo. No mesmo sentido se expressa também outra autoridade eclesiástica, D. Demetrio Fernández (2009), bispo diocesano de Tarazona:

Vivemos tempos de crise, também na vida consagrada. A secularização, ou seja, viver como se Deus não existisse, acomodando-se aos critérios e aos modos do mundo, penetrou também no estilo de vida consagrada. […]

Parece uma contradição, mas infelizmente é assim. Uma vida consagrada na que não se esteja disposto a viver com radicalidade a entrega a Jesus Cristo, com a loucura de amor ao estilo de São Paulo, é uma vida pouco atraente e nada estimulante para os jovens de hoje. Aqui está uma das razões da escassez de vocações. […] Os Institutos que se acomodaram a este mundo não têm vocações, e vão se extinguindo paulatinamente (tradução nossa).

 VICTORINO DE ANDRADE, José et all. A vocação religiosa católica: características e novidades na atualidade. Centro Universitário Ítalo-Brasileiro. São Paulo, 2009. p. 62-63.

A Unção dos Enfermos pode apagar os pecados mortais e veniais?

uncao                Júlio Hayashi

A Unção dos Enfermos é um sacramento específico para a enfermidade e não para a morte. O rito da unção foi concebido e disposto, em suas leituras, orações para o restabelecimento da saúde do enfermo. Segundo a nova pastoral da Igreja, o sacramento da morte é o Viático.

Não obstante, é preciso não confundir a unção, situando-a no mesmo nível dos cuidados médicos prodigalizados ao enfermo – embora o sentido de cura que ela encerra não seja alheio nem aos esforços técnicos nem ao pessoal sanitário.

A luta pela saúde não esgota o sentido da unção. Ela é um sacramento de vida, mas, na doença, deve ajudar o enfermo a viver sua enfermidade no sentido de sua fé cristã e aceitar a morte, se a morte vier, igualmente com sentido cristão (Rito, Orientações).

O Vaticano II não tratou especificamente da unção, a não ser dentro de um contexto, na constituição dogmática sobre a Igreja:

“Pela Sagrada Unção dos Enfermos e oração dos Presbíteros, toda a Igreja        recomenda aos doentes ao Senhor que sofreu e foi glorificado, para aliviá-los e salvá-los… e exorta-os a unirem-se espontaneamente á Paixão e Morte de Cristo… assim contribuindo para o bem do povo de Deus” (Lúmen Gentium nº 11).

Aliviar e salvar é o mesmo que oferecer saúde e perdão.

O ritual, que absorve o espírito do Concílio e o esclarece, afirma: “Mesmo assim concede-lhe, quando necessário, o perdão dos pecados e a plenitude da penitência cristã (Rito nº 6).

O ministério da cura é um compromisso da Igreja com Jesus no combate vitorioso contra as potencias do mal.

A unção tem como finalidade salvar o homem total.

Comumente, à administração da unção precede o sacramento da Penitência.

A unção não só perdoa os pecados como ajuda o enfermo a se situar em atitude de conformidade com Jesus, segundo o conselho do apóstolo Paulo: “Tende em vós o mesmo sentimento de Jesus Cristo” (Fl 2,5)

Isto seria aceitar a vontade do Pai, como Jesus a aceitou, o que não é fácil, não o tendo sido mesmo para Jesus. O enfermo, diminuído em suas forças e em sua clarividência pela enfermidade, não percebe claramente como um pai pode permitir tal sofrimento para seu filho. É a tentação de desconfiança. A força de ver e aceitar isto vem ao enfermo pela graça especifica deste sacramento. Assim, ele pode vencer a tentação de rebeldia e desespero, configurando a si mesmo com Jesus, que também aceitou sua paixão e morte.

Em virtude da debilidade produzida pela enfermidade, o paciente está exposto ao perigo de ceder a outras tentações. A unção será um apoio para sua debilidade e lhe proporcionará a força para manter sua fidelidade ao Senhor até o momento derradeiro.

Não se trata, porém, apenas disso: o cristão não se pode situar apenas em postura negativa; deve passar a uma atitude positiva, de livre aceitação, de aceitação consciente e responsável e, por isso mesmo, meritória, da enfermidade e da morte, também assim configurando-se com Jesus.

Para dar este passo adiante e ganhar, na enfermidade e na morte, grandes méritos perante o Senhor, o enfermo terá o auxilio da unção, juntamente com a graça especifica deste sacramento.

Quando o paciente, como Jesus no Getsemani, entrega-se à vontade do Pai, sentirá a paz na luta pela vida.

Pela sua generosa entrega à vontade de Deus, o cristão converte-se à comunidade cristã num testemunho de fé.

Seus irmãos aprendem a valorizar a vida em sua dimensão de passagem e preparação para a outra.

A Unção dos Enfermos é o sacramento da vida, é um sinal de esperança, apontando para o futuro, para a entrada no reino e para o encontro com o Pai.

A Unção dos Enfermos pode apagar os pecados mortais e veniais?

Padre Antonio Royo Marin (1994,p.510-511) dá a resposta no livro Teologia Moral para Seculares II, tratando sobre os Sacramentos:

“Perdoa os pecados mortais e veniais, se os há. “Posto que o dito fortalecimento é produzido pela graça, que é incompatível com o pecado; conseqüentemente, quando há algum pecado mortal ou venial, o  apaga quanto à culpa, desde   que a pessoa não se ponha obstáculo naquele que o recebe, como já dissemos, tratando da eucaristia e  confirmação. Por esse motivo, Santiago fala condicionalmente da remissão do pecado, afirmando que, “se tivesse pecados, lhe serão perdoados” quanto à culpa. No entanto, nem sempre apaga o  pecado, porque nem sempre encontra no sujeito; o que sempre se  tira é a citada debilidade, que alguns chamam  “resíduos do pecado”.

Em resumo: devemos afirmar que o efeito principal deste sacramento é   apagar os resíduos dos  pecados, e secundariamente, também a culpa, se existe, na alma.

   Como já explicamos em seu lugar correspondente, o sacramento dos vivos deve ser recebido em estado de graça, sob pena de sacrilégio. Assim, se um pecador recebe de boa fé (ou seja, sem dar conta de que se está em pecado mortal), tendo atrição sobrenatural de seus pecados, o sacramento dos vivos infunde a graça como se  tratasse de um sacramento dos mortos. Tal é, cabalmente, o caso da extrema unção.” (Antonio Royo Marin – Teologia Moral para Seglares II – Los Sacramentos – Biblioteca de Autores Cristianos, Madri 1994 – nov/94, p. 510)

“Pergunta:  o sacramento da extrema-unção dispõe a pessoa  para a entrada imediata na gloria dos céus?

Assim crêem alguns autores que citam a seu favor vários Santos Padres, muitos teólogos (entre os quais, São Alberto Magno, Santo Tomás, São Boaventura, Escoto, Suarez, Gonet, São Afonso Ligorio, etc), varias fórmulas litúrgicas antiqüíssimas, a doutrina da Igreja oriental e incluindo as citações do mesmo Concilio de Trento. Contudo, é questão obscura e duvidosa, que está muito longe de poder afirmar com certeza. – Cf. Cappello, De extrema unctione n. 135-149, donde se defende  com intrepidez a sentença afirmativa. Mais adiante adverte com prudência que nem sempre consegue libertar-se do purgatório aquele que recebeu a extrema-unção, senão unicamente quando obtém o pleno fruto do sacramento, o qual depende de sua intima disposição (ibid, n. 168)”  ( Marin – 1994 – nov/94 , p. 511)

No Catecismo  Romano  do  Padre  Valdomiro  Pires  Martins    ainda os seguintes comentários a respeito do mesmo assunto: 

“Perdão dos pecados – Ensinem, pois, os pastores que a graça, conferida pelo Sacramento, apaga os pecados, principalmente os mais leves, os que se conhecem pela designação comum de veniais; as faltas mortais são eliminadas pelo Sacramento da Penitência. A Extrema-Unção não foi instituída com o fito primordial de extinguir pecados graves; somente o Batismo e a Penitência é que o fazem, em virtude de sua propria finalidade. Acidentalmente, a Extrema-Unção confere a graça primeira, quando já não é possível a Confissão, contanto que haja contrição e o desejo de confessar-se, se fôra possível – CRO não realça um efeito importante da Extrema-Unção. Quando recebida em boas disposições, a Extrema-Unção extingue os castigos temporais do pecado; livra, portanto, do Purgatório.” (Catecismo Romano do Padre Valdomiro Pires Martins s , 1962 , p. 310).

HAYASHI, Júlio. O Sacramento da Unção dos Enfermos. Centro Universitário Ítalo Brasileiro. Curso de Pós-Graduação em Teologia Tomista. São Paulo, 2007. p. 39-41.

“Hacer poco, no hacer nada y hacer daño”: Meditación oportuna para quien quiera hacer algo bueno.

Mucho bien se puede y se debe hacer. Es una obligación hacer buenas obras. Ya el apóstol Santiago nos enseña que la fe sin obras no cuenta.
Pienso en el caso de un celoso ministro de Dios que quiera trabajar en este Año Sacerdotal con constancia y fecundidad en la conversión de las almas y en la regeneración de la sociedad, elaborando para ello sabios planes de acción. Sabios en la teoría y sabios en la ejecución.
Lo poco que pueda hacer tendrá ciertamente mucho valor, porque viendo cuanto el mal se proclama y se realiza en el mundo de hoy, nunca será suficiente hacer pesar en la balanza el peso de las buenas obras que tanto escasean. Las hay, sí. Pero muy localizadas y sofocadas. Manos a la obra: es preciso trabajar!
Entretanto… no es la acción lo que más pesa en la economía divina cuando se trata de computar méritos. No es la acción, es la oración. Nos lo dice magistralmente San Juan  de la Cruz, con su insuperable pluma de doctor y literato.oracao
“Adviertan aquí los que son muy activos que piensan ceñir el mundo con sus predicaciones y obras exteriores, que mucho más provecho harían a la Iglesia y mucho más agradarían a Dios –dejando aparte el buen ejemplo que de sí darían- si gastasen siquiera la mitad de ese tiempo en estarse en oración con Dios.
Cierto, entonces harían más y con menos trabajo con una obra que con mil, mereciéndolo su oración y habiendo cobrado fuerzas espirituales, porque de otra manera, todo es martillar y hacer poco más que nada, y a veces nada y aún a veces daño…”
¡Atención a los predicadores, y mentores de obras exteriores…necesarias!

La «Nouvelle Théologie»

nouvelle1                                                 Pe. José Francisco Hernández Medina, EP

 

      Il periodo tra le due grande guerre mondiali, è stato segnato per la Francia ed anche per la Germania da un notevole sviluppo della teologia, particolarmente di quella cattolica.

      Diversi fattori hanno influenzato questo fatto. In concreto, l’ambiente spirituale e culturale  dominante, in quest’epoca, ed anche le ripercussioni delle impostazioni intellettuali iniziate nei decenni precedenti, o apparsi anche in quest’epoca, come la filosofia di Blondel o il rinnovamento tomista, sia nella linea Maréchal come in quella di Maritain.

      Senz’altro che la crisi modernista e la pubblicazione della enciclica Pascendi, hanno segnato l’inizio della storia teologica del XX secolo. Anzi, questi fattori hanno «imposto», per così dire, la «riforma della teologia».

Le due scie più significative in questo periodo  provengono proprio dalla Francia e da due istituti religiosi: l’Ordine dei Predicatori e la Compagnia di Gesù[1].

      Comune denominatore di queste correnti è quello di “rinnovare la teologia”, dopo la crisi modernista, cercando di superare la dialettica storia e dogma, «dialogando» con la scienza, in continuità con la teologia classica.

La prima reazione dei mezzi ecclesiastici, nei confronti di questa nuova teologia, è stata di considerarla semimodernista, tendente al relativismo filosofico e dogmatico ed al soggettivismo in nome della esperienza religiosa.

Il termine «Nouvelle Théologie» è l’espressione utilizzata dal commentatore d’ufficio sul L’Osservatore Romano, Pietro Perente, in occasione della inserzione di alcuni libri di Chenu e di Charlier nell’Indice dei libri proibiti[2].

La controversia sulla Nouvelle Théologie si svolse in due fasi: prima, 1938-1946, provocata dalla pubblicazione dei libri dei teologi domenicani Chenu e Charlier. La seconda, 1946-1948, dove più espressamente si parla di Nouvelle Théologie, si svolge soprattutto tra teologi domenicani (Labourdette e Garrigou-Lagrange) e gesuiti (Daniélou, de Lubac, Bouillard, Fessard e von Balthasar). 

      La enciclica Humani Generis, pubblicata da Pio XII il 12 agosto del 1950, aveva molto a che fare con il processo di rinnovamento teologico, del quale i teologi della Nouvelle Théologie ne costituivano l’elemento più significativo.

Infatti, come quasi tutti raccontano nelle loro memorie, scritte tempo dopo, la enciclica disperde coloro che a Le Saulchoir e a Fourvière si erano fatti promotori di una teologia del rinnovamento. Chenu stesso lo racconta nella sua intervista a Jacques Duquesne: «Al nostro piccolo collegio di lavoro non restava altro che chiudere i battenti […] L’atmosfera diventava irrespirabile»[3].

      Con la salita di Angelo Roncalli al soglio pontificio (1958-1963) molte cose cambiano. A questo riguardo Congar scrive:

Giovanni XXIII, in meno di qualche settimana, e in seguito il concilio hanno creato un clima ecclesiale nuovo. L’apertura maggiore è venuta dall’alto. Di colpo, delle forze di rinnovamento che stentavano a manifestarsi apertamente potevano svilupparsi[4].

          Questo è il panorama con il quale ci troviamo, fino agli inizi  del Concilio Ecumenico Vaticano II.  

  HERNÁNDEZ MEDINA, José Francisco. La «Nouvelle Théologie». Università Gregoriana.

 Teologie del XX secolo (Prof. Carmelo Dotolo). Roma, 24 Maggio 2008. 

 


  [1] J.L. Illanes – J.I. Saranyana, Historia de la Teología, 344.

 [2] R. Gibellini, La teologia del XX secolo, 177.

 [3] R. Gibellini, La teologia del XX secolo, 183.

 [4] Ibid., 184.

Homilía Card. Cláudio Hummes para los nuevos obispos del mundo

sin-titulo1

ALGUNOS PÁRRAFOS DE LA HOMILÍA DEL CARDENAL

CLÁUDIO HUMMES, EL 21.IX.2009, EN LA REUNIÓN

DE LOS NUEVOS OBISPOS DE TODO EL MUNDO REUNIDOS EN ROMA

Queridos hermanos Obispos:

Estamos celebrando el Año Sacerdotal. También los Presbíteros, como ministros ordenados y principales colaboradores de su respectivo Obispo, están sacramentalmente unidos a la misión apostólica. Este año especial ha sido convocado por el Santo Padre a favor de los Presbíteros a motivo de que ellos non son sustituibles y de su importancia en la Iglesia. Como tales, hoy tienen una particular necesidad de ser sostenidos y de llegar a una renovación espiritual y pastoral. Es por eso que fraternalmente quisiera proponeros el estar muy cercanos a vuestros Presbíteros, rezar por ellos y con ellos. El Santo Padre desea, con gran intensidad de corazón, que este Año Sacerdotal sea bien recibido y bien realizado por parte de los Obispos en sus diócesis. Nuestros Presbíteros sienten la necesidad de sentirse amados y sostenidos en su vocación y misión, sobre todo por parte de su Obispo y de su comunidad. Quieren ser reconocidos por aquello que son y por lo que hacen. También tienen necesidad de ser ayudados y orientados con el fin de poder renovar en sus corazones la verdadera identidad del sacerdocio y el verdadero sentido del celibato. En este contexto será decisivo renovar y fortalecer su espiritualidad presbiteral, que encuentra su fundamento en el ser verdaderos e incondicionales discípulos de Jesucristo, quien les ha configurado a El, Cabeza y Pastor de la Iglesia. A favor de este modo de ser discípulos, en tal modo determinante en su vida, sirve tantísimo a los Presbíteros la escucha y la lectura orante de la Palabra de Dios, la celebración diaria de la Santa Misa, la recepción frecuente del Sacramento de la Confesión, el rezo de la Liturgia de las Horas, la visita frecuente al Santísimo Sacramento, la plegaria del Rosario y otros medios para enriquecerse espiritualmente y de encuentro e intimidad personal con Jesucristo. También son muy importantes los Ejercicios Espirituales y la formación permanente.

Además hay que suscitar la conciencia misionaria de los Presbíteros. La Iglesia sabe que existe una urgencia misionaria en todo el mundo, pero non sólo ad gentes, sino también al interno del mismo rebaño de la Iglesia, ya establecida desde siglos en los países del mundo cristiano. Hay que promover en nuestras diócesis y en nuestras parroquias un verdadero afán misionario. Todos nuestros países son ahora tierra de misión en sentido estricto de la palabra. Es necesario encender en nuestros presbíteros y en nosotros mismos un nuevo fuego, una nueva pasión para alzarse e ir al encuentro de las personas, allí donde viven y trabajan, para llevarles de nuevo el Kerigma, el primer anuncio de la persona de Jesucristo, muerto y resucitado y de su Reino, conduciéndoles a un encuentro personal primero y después comunitario con el Señor. Benedicto XVI, nuestro amado Papa, refiriéndose a la situación de nuestros países de secular tradición cristiana ha dicho: “Debemos reflexionar seriamente sobre el modo en el que hoy podamos realizar una verdadera evangelización, no sólo una nueva evangelización sino muchas veces una verdadera y propriamente primera evangelización. […] No es suficiente el que nosotros busquemos el modo de conservar la grey ya existente” (discurso a los Obispos alemanes, 21.VIII.2005) sino que tenemos necesidad de una verdadera misión. No basta acoger a las personas que nos vienen a las parroquias o a las rectorías. Es necesario urgentemente levantarse y andar a la búsqueda, ante todo, de tantísimos bautizados, que se han alejado de la participación a la vida de nuestras comunidades y, después, hacia todos aquellos que poco o nada conocen a Jesucristo. La misión ha renovado siempre a la Iglesia. Lo mismo acontece a los Presbíteros cuando van a la misión. He aquí todo un programa a desarrollar en este Año Sacerdotal.

Cardenal Cláudio Hummes

Arzobispo Emérito de San Pablo

Prefecto de la Congregación para el Clero

“teología sentada”

Entre estudio y estudio para mi maestría en teología asistí una conferencia muy curiosa. Cierto teólogo de determinada corriente del pasado, cómodamente sentado delante de un auditorio curioso por conocer su figura, discurría sobre varios temas científicos ajenos totalmente con la teología. Hasta criticaba ásperamente a Benedicto XVI por no haberle apoyado a lo largo de su “carrera”, considerando al Papa como “un compañero” y nada más. Lamentablemente en los días actuales no es nada extraño ver un teólogo criticando al Papa. Pero analizando al personaje pensé que quién no supiese que era un teólogo jamás podría adivinarlo. Sin hablar de la presentación personal,  Dios, la Redención,  el pecado, la Gracia… eran temas que él ignoraba o al menos es la impresión que causaba. Confieso que salí muy decepcionado, pues si había algo que ese teólogo no era capaz de comunicar era el gusto por las cosas eternas, la santidad.

Curiosamente, hoy encuentro un comentario de Von Balthasar muy apropiado y que debe ser motivo de reflexión para todos los que nos dedicamos a la Teología:

“En tanto fue una teología de santos, la teología fue una teología orante, arrodillada: por ello fueron tan inmensos su provecho para la oración, su fecundidad para la oración, su poder engendrador de oración.

Hubo algún momento en que se pasó de la teología arrodillada a la teología sentada. Con ello se introdujo en la teología la división que al comienzo de este trabajo describimos. La teología “científica” se vuelve extraña a la oración y, por consiguiente, desconoce el tono con el que se debe hablar sobre lo santo.”

Hans Urs Von Balthasar, Verbum Caro, p. 222

La dignidad sacerdotal

En el día del Angel de la Guarda, un pensamiento rápido considerando la dignidad sacerdotal. Es de San Alfonso María Ligorio.

Se cuenta una historia de los tiempos de San Francisco de Sales. Éste había ordenado sacerdote a un joven clérigo. El  santo había observado antes cómo llegado a la puerta el joven solía siempre pararse como quien cede el paso a alguien. Después de la ordenación vio que ya no cedía al paso. San Francisco le preguntó al joven sacerdote  al respecto y éste le respondió:”Tengo el privilegio de ver continuamente a mi ángel de la guarda. Este siempre caminaba a mi derecha y delante de mí. Pero después de mi ordenación sacerdotal el ángel camina a mi izquierda y ya no quiere pasar  delante de mí por la puerta”. San Francisco de Asís decía: “Si encontrara a un ángel del cielo y a un sacerdote, primero me arrodillaría ante el sacerdote y luego ante el ángel”.

La dignidad y santidad sacerdotal, San Alfonso María de Ligorio, Apostolado Mariano, Sevilla, 2000, p. 16

Arquidiocese de Assunção lança livro sobre a importância do trabalho sacerdotal

Assunção (Terça, 29-09-2009, Gaudium Press) O porta-voz da pastoral presbiteral da arquidiocese de Assunção, Mariano Mercado, informou ontem que foi lançado um livro para os fiéis cujo objetivo é conscientizá-los da necessidade, do trabalho e da figura do sacerdote na Igreja contemporânea.

Distintas reflexões e menções sobre o Ano Sacerdotal estão na publicação, de acordo com a arquidiocese. Os textos são do arcebispo de Assunção, dom Pastor Cuquejo, São Roque González de Santa Cruz, do sacerdote Julio César Duarte Ortellado e até do Papa Bento XVI, com sua Carta aos Presbíteros.

A pretensão é motivar presbíteros e fiéis em geral a refletir sobre ‘o imenso valor do sacerdócio ministerial, intimamente ligado à Eucaristia, fonte da vida da Igreja’.

Ainda segundo a arquidiocese, o trabalho pastoral realizado pelos religiosos ‘como ministros de Jesus, sumo e eterno sacerdote’ é de suma importância para a Igreja e para a sociedade, esforço que deve ser reconhecido por todos os cristãos.

A publicação já está disponível na livraria Verdade e Vida, no prédio do Seminário Metropolitano de Assunção.

Todo sacerdote debe ser una víctima

Creo apropiado, en la fiesta de Santa Teresita del Niño Jesús, traer unas consideraciones del P. Garrigou-Lagrange  sobre el carácter de víctima que debe tener todo presbítero.

¿Qué sucedería si el sacerdote, participando del sacerdocio de Cristo por la ordenación sacerdotal, no quisiera participar de ningún modo su estado de víctima? Sin duda alguna que se apartaría de Cristo; en su vida habría desorden, perturbación, máxima confusión; sería un ministro de Cristo sin amor verdadero a su amantísimo Maestro. Resultaría un hombre mundano, vano, superficial, estéril. Así como se conoce mejor el valor de la justicia por el dolor causado por la injusticia, así se aprecia mejor la fecundidad del apostolado por la deplorable esterilidad de una vida rota. Todo sacerdote, pues, debe pedir la gracia de ser realmente víctima, cada cual a su manera, a fin de padecer santamente lo que Dios desde la eternidad ha reservado para él, para llevar su cruz cada día, y no sólo como fiel, sino como sacerdote, como otro Cristo, para poder morir místicamente antes que físicamente.”

La unión del sacerdote con Cristo, Sacerdote y Víctima. Reginald Garrigou-Lagrange, OP. Ediciones Rialp, Madrid 1955, p. 97